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Provisionamento: tenha segurança financeira na sua empresa

Administrar uma empresa é um desafio constante. Afinal de contas, especialmente em tempos de crise, podem acontecer queda nas vendas, demissões em massa, redução de investimentos e por aí vai. Nesse contexto, fazer provisionamento é fundamental para a sobrevivência do negócio.

Isso porque o planejamento separa uma quantia de dinheiro para honrar com despesas do futuro. Assim, é possível garantir segurança e estabilidade em meio a volatilidade da economia.

Neste artigo, vamos explicar melhor o que é o provisionamento financeiro e como fazer. Continue a leitura e confira!

Em primeiro lugar, o que é provisionamento?

O provisionamento financeiro é uma prática contábil que envolve uma espécie de reserva financeira. Os valores contidos nesse fundo são destinados a cobrir despesas futuras que são previsíveis, mas ainda não ocorreram.

Por exemplo: no fim do ano, uma empresa não precisa passar sufoco para pagar o 13º salário dos funcionários. Pensa bem: como é uma despesa previsível, você pode alocar recursos mensalmente para cumprir esse compromisso financeiro no futuro, entende?

Aliás, nesse contexto também entram as despesas com pagamento de financiamentos, manutenção de ativos, custos com pessoal, férias, garantias de produtos, impostos e por aí vai.

Moral da história: o provisionamento financeiro é uma espécie de precaução para evitar problemas de caixa futuros, uma vez que a empresa já garantiu os recursos necessários para honrar com os pagamentos. Aliás, a prática é especialmente importante em um ambiente empresarial marcado pela incerteza econômica.

Qual é a importância de fazer provisionamento financeiro?

Mantenha a estabilidade financeira da sua empresa
Entenda abaixo!

Fazer provisionamento é uma questão de sobrevivência. Isso porque esse tipo de planejamento tem como objetivo manter a empresa próspera no longo prazo, uma vez que há uma preocupação com pagamentos de curto e longo prazo.

Apesar disso, existem algumas exceções. Uma empresa que anda com as contas no vermelho, por exemplo, precisa buscar soluções mais abrangentes. Afinal de contas, não adianta reservar um dinheiro para pagar uma conta lá na frente, e deixar atrasar alguma despesa atual, entende?

Sendo assim, é importante fazer uma análise interna em primeiro lugar. De toda forma, as provisões trazem uma série de benefícios para as empresas, como:

  • previsibilidade: antecipação de despesas futuras com base em informações financeiras sólidas— o que torna o planejamento mais preciso;
  • estabilidade financeira: as reservas são fundamentais para enfrentar crises econômicas e imprevistos;
  • credibilidade: demonstra responsabilidade financeira aos investidores, credores e stakeholders. Isso conta pontos positivos na hora de captar investimentos e contratar financiamentos;
  • cumprimento de obrigações: garantias para honrar com os compromissos financeiros mesmo em tempos difíceis;
  • redução de riscos: torna a empresa menos vulnerável a situações imprevistas, como recessões econômicas, desastres naturais ou problemas operacionais;
  • proteção das reservas financeiras: o provisionamento garante recursos para o pagamento de despesas previstas. Com isso, a reserva financeira pode ser usada para questões mais estratégicas, como investimentos.

Veja também: Conheça os investimentos iniciais para quem pretende abrir uma empresa.

Quais são os principais tipos de provisionamento?

Basicamente, existem dois tipos de provisionamento. Entenda quais são eles!

Provisionamento de exigibilidades

No universo contábil, as exigibilidades são obrigações já assumidas pela empresa que precisam ser pagas. Se você contratar um empréstimo, por exemplo, precisa pagar as parcelas até a liquidação do débito. Ou seja, a transação foi completada e a empresa precisa organizar as finanças para pagar tudo direitinho.

Só para esclarecer, entre as principais exigibilidades estão: 

  • dívidas e empréstimos: pagamentos do valor principal e juros relacionados a empréstimos bancários, títulos de dívida ou financiamentos contratados pela empresa;
  • contas a pagar: valores devidos a fornecedores e credores comerciais por bens ou serviços adquiridos a prazo;
  • salário e benefícios dos funcionários: salários, gratificações, planos de saúde, previdência privada, férias e 13ª;
  • impostos e taxas: tributos sobre a folha de pagamento, impostos sobre vendas, imposto de renda, entre outros;
  • aluguéis ou arrendamento.

Provisionamento de potenciais perdas no ativo

Aqui entra o dinheiro necessário para cobrir eventuais perdas em ativos financeiros, como investimentos, contas a receber, garantias de produtos, perdas de estoque, entre outros.

Vamos supor que a sua empresa faz vendas no mercado B2B. Mesmo com todos os cuidados necessários para vender a prazo, sempre existe o risco de calote. Nesse caso, é importante provisionar valores proporcionais ao risco de perda de ativo, entende?

Afinal, como fazer provisionamento de forma correta?

Em primeiro lugar, vale lembrar que provisionar não significa prever. A previsão é uma espécie de estimativa de gastos. Já a provisão visa reservar recursos para pagar as despesas previstas. Veja algumas dicas para fazer o provisionamento financeiro.

Lembre-se de que a provisão vem de eventos passados

Apesar de usarmos a palavra “reserva” para falar de provisionamento, vale esclarecer que existem diferenças entre os termos. Veja bem: as reservas podem ter diversos objetivos, como ampliar o negócio, cobrir eventuais emergências, adquirir algum bem e por aí vai.

Já o provisionamento é uma espécie de antecipação de despesas. Isto é, a dívida já foi feita e a provisão garante os recursos necessários para pagá-las. Sendo assim, na hora de fazer a lista de eventos, lembre-se de que só devem ser provisionados os compromissos firmados no passado que devem ser pagos no futuro.

As férias do colaborador, por exemplo, é um gasto previsível — independentemente do tempo de trabalho. Nesse caso, o ideal é fazer aportes mensais para garantir recursos para pagar a despesa quando ela chegar.

Use métodos confiáveis para determinar o montante de provisão

A estimativa deve ser o mais precisa possível para que as demonstrações financeiras da empresa reflitam uma imagem fiel de suas obrigações futuras. Sendo assim, é importante usar dados históricos, análises de riscos, taxas de juros atuais, entre outros dados relevantes para calcular o valor necessário para o provisionamento.

Ainda assim, vale fazer a provisão com uma gordurinha extra para cobrir qualquer variação relacionada a incertezas do mercado. Por exemplo: de modo geral, o salário dos funcionários sofre ajustes de tempos em tempos, certo? Pois bem, isso pode impactar os valores das despesas com pessoal no futuro. Então, é legal levar isso em consideração na hora de estimar o valor do provisionamento. 

Liquide o provisionamento apenas após a saída de recurso

Um provisionamento só pode ser liquidado após o pagamento do mesmo. No caso da provisão de pagamento das férias, como mencionado ali em cima, a baixa deve ser dada após o dinheiro sair da conta da empresa e ir para o bolso do funcionário, entende?

Conclusão

Fazer provisionamento é fundamental para manter a estabilidade financeira da empresa, especialmente em tempos de crise e incerteza econômica. Essa prática contábil envolve a criação de uma reserva financeira para cobrir despesas futuras previsíveis, como salários, impostos, aluguéis, entre outros compromissos financeiros já firmados.

Gostou do conteúdo e quer mais algumas dicas para aperfeiçoar a gestão do seu negócio? Então, veja também: Como manter a saúde financeira da sua empresa em dia.

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