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Risco de negócio: o que é, os 10 principais e como reconhecê-los

Risco de negócio: o que é, os 10 principais e como reconhecê-los

Não importa se você planeja abrir um negócio próprio ou já tem uma empresa estabelecida no mercado. Independentemente do porte e da maturidade do empreendimento, todos estão expostos às ameaças que podem colocar em xeque a sobrevivência da empresa. É aí que entra a importância de fazer análise de risco do negócio.

Basicamente, o risco de negócio está ligado às incertezas do mercado que podem mudar os rumos da empresa. Por exemplo: sazonalidade, efeitos da economia, cenário político, inadimplência, concorrência e por aí vai. Sendo assim, acompanhar esses fatores é fundamental para evitar problemas.

E para ajudar você nesse sentido, preparamos este artigo. Veja, a seguir, o que é risco de negócio, saiba quais são os 10 principais e entenda como reconhecê-los. Boa leitura!

Em primeiro lugar, o que é um risco de negócio?

De maneira resumida, um risco de negócio é uma ameaça que pode afetar a empresa de diferentes formas. Em outras palavras, são incertezas do mercado que podem gerar oportunidades de negócios, causar prejuízos e até levar um empreendimento à falência.

Nesse contexto, as probabilidades e as imprevisibilidades podem ser de natureza financeira, de reputação, de posicionamento no mercado etc.

Por exemplo: imagine que a sua empresa fabrica xampus e você perde o principal fornecedor de embalagens. Essa falta de insumos para produção pode gerar uma interrupção nos trabalhos e até resultar em um desabastecimento, não é mesmo? Pois bem, esse é um exemplo de risco de negócio.

Veja também: Estratégia de marca — como potencializar os resultados da sua empresa?

Qual é a importância de analisar os riscos do negócio?

A lógica é simples: a análise de riscos é fundamental para manter um negócio próspero e longevo. Afinal de contas, esse processo trabalha na redução de incertezas ou na preparação da empresa para lidar com elas, entende?

Aliás, quando falamos em riscos, não focamos apenas em coisas negativas, viu? Pensa bem: de modo geral, para fazer a empresa crescer é necessário assumir alguns riscos, não é mesmo? A grande diferença é que com uma boa análise de ameaças é possível garantir uma certa previsibilidade de resultados e aumentar as chances de sucesso.

Saiba mais: Oportunidade de negócio — veja 8 dicas para reconhecer.

Quais são os 10 principais riscos do negócio?

Antes de tudo, vale lembrar que cada negócio tem suas particularidades. Na prática, isso significa que, nem sempre, os riscos dos negócios serão iguais para todo mundo. Então, tenha isso em mente quando for fazer a análise, combinado? Dito isto, a seguir, vamos listar quais são os principais riscos do negócio. Olha só!

1. Risco político, geopolítico e de segurança global

Veja bem: o risco político está relacionado a fatores internos como resultado de eleições, impeachment, poder legislativo, entre outros. Isso porque a decisão dos governantes pode mudar totalmente o rumo da economia — e por consequência, das empresas.

É por isso que os negócios sempre são impactados por esse tipo de mudanças. Por outro lado, também têm as ameaças que estão ligadas a fatores externos — o risco geopolítico e de segurança global —, como guerras e crises diplomáticas.

Aliás, mesmo quando o Brasil não está diretamente envolvido com os conflitos, o país pode sofrer impactos indiretos. A invasão da Rússia à Ucrânia, por exemplo, trouxe consequências para a economia mundial, com aumento da inflação, redução da oferta de produtos e aumento dos preços — em especial dos fertilizantes e petróleo.

Como o Brasil importa muito desses insumos, a alta dos preços afeta a produção agrícola por aqui, sabe? Em contrapartida, a crise também estimulou a produção nacional.

Sendo assim, os riscos políticos e geopolíticos trazem uma série de incertezas. Nesse contexto, a empresa pode sofrer ameaças ou identificar novas oportunidades.

Risco político, geopolítico e de segurança global - risco de negócio
Risco político, geopolítico e de segurança global – risco de negócio

2. Risco de mercado

Primeiramente, o risco de mercado está mais ligado às flutuações da economia. Se o dólar sobe, por exemplo, vários insumos atrelados à moeda ficam mais caros. Nesse contexto, a empresa pode ficar com a margem de lucro comprometida, entende?

A mesma lógica vale para variações de:

Veja também: SAC 5.0 — tudo o que você precisa saber sobre esse conceito.

3. Risco operacional

Baixa produtividade da equipe, falhas de logísticas, atrasos de fornecedores, defeitos em máquinas essenciais para as operações, perdas de estoque e por aí vai.

Esses são alguns exemplos de ameaças internas que podem prejudicar a capacidade de a empresa conduzir suas operações de maneira eficiente e eficaz. Em outras palavras, esse é o risco operacional.

Pensa bem: se os seus colaboradores não estão comprometidos com os propósitos da marca, eles não realizarão um bom trabalho, não é mesmo? Logo, os resultados da empresa estão em risco.

Por falar em motivação de funcionários, confira um artigo que tem tudo a ver com o assunto: Endomarketing — o que é, qual a importância e como aplicar.

4. Risco de crédito

O risco de crédito nada mais é que as ameaças de inadimplência — o famoso calote. Nesse contexto, a empresa vende a prazo, mas não recebe os valores conforme combinado. Daí, o negócio pode ter dificuldades de arcar com as despesas empresariais por falta de dinheiro em caixa.

De modo geral, as empresas que oferecem crediário próprio estão mais expostas a esse tipo de ameaça. Bancos, operadoras de cartão de crédito e imobiliárias também precisam ter atenção ao risco de crédito.

Vale a leitura: Golpe do empréstimo — como proteger seu dinheiro e ficar longe das armadilhas.

5. Riscos financeiros

Veja bem: os riscos financeiros também estão relacionados ao dinheiro. A grande diferença é que, enquanto o risco de crédito é uma ameaça ao recebimento das contas, o problema aqui é capacidade de a empresa pagar as dívidas, como despesas operacionais, empréstimos, fornecedores etc.

Apesar das diferenças, vale lembrar que os dois riscos andam de mãos dadas, viu? Afinal de contas, conforme falamos ali no tópico anterior, um alto índice de inadimplência compromete o pagamento de dívidas.

Saiba mais: Como manter a saúde financeira da sua empresa em dia.

6. Risco tecnológico

A gente sabe que não dá para trocar os equipamentos do negócio sempre que surge um lançamento no mercado. No entanto, com o avanço da transformação digital nas empresas, o mercado está aderindo cada vez mais tecnologias de ponta para otimizar os processos. É aí que entra o risco tecnológico.

Trabalhar com soluções defasadas coloca a empresa em risco em diversos aspectos. Computadores que travam e a internet lenta, por exemplo, afeta a produtividade e eficiência no atendimento ao cliente. Por consequência, a qualidade do suporte cai e o consumidor fica insatisfeito, entende? O mesmo vale para sistemas desatualizados, equipamentos antigos e com alto custo de manutenção, entre outros.

7. Risco cibernético

Uma coisa é fato: a tecnologia é fundamental para otimizar as operações de um negócio, melhorar a experiência do cliente e potencializar os resultados da marca.

O problema é que, do mesmo jeito que elas tornam a vida da gente mais prática, as ferramentas também facilitam a ação de criminosos. E essa mínima chance de vazamento de dados e de tentativas de fraude é bem perigosa para os negócios.

Sendo assim, o risco cibernético precisa ser mitigado para garantir a segurança das informações.

Veja também: Entenda tudo sobre a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

Risco cibernético - risco de negócio
Risco cibernético – risco de negócio

8. Risco regulatório

Sabe quando muda alguma coisa no Código de Defesa do Consumidor e você precisa fazer adaptações para obedecer a nova regulamentação? Pois bem, esse é o risco regulatório.

Aliás, nesse contexto, também entram leis, políticas governamentais e decisões de agências reguladoras que determinam a forma que a empresa precisa funcionar.

E olha: ficar de olho nesses aspectos é essencial, viu? Afinal de contas, a empresa pode ser penalizada se não cumprir as regras que regem o seu segmento. Isso pode incluir perdas de licenças, suspensões, multas e até o fechamento da empresa. Não vale a pena correr esse risco, concorda?

Aliás, esse assunto tem tudo a ver com o artigo a seguir. Confira: 180 empresas de telemarketing foram suspensas por publicidade abusiva.

9. Risco de reputação

Antes de tudo, a reputação nada mais é que a percepção que os consumidores têm a respeito de uma marca. E essa imagem é formada a partir das atitudes da empresa, como comportamento nas redes, valores, qualidade dos produtos ou serviços, satisfação dos clientes, desempenho e por aí vai.

Ainda assim, quando essa imagem é ferida por algum motivo, os resultados da marca também ficam comprometidos. Isso porque ninguém quer se relacionar com empresas de fama duvidosa. Aliás, o Reclame AQUI até já fez algumas pesquisas nesse sentido. Olha só alguns dados interessantes:

  • 94% dos consumidores não compram de empresas com má fama no mercado;
  • 42,8% dos clientes afirmam que a reputação da empresa no Reclame AQUI influencia as decisões de compra;
  • 21,8% levam em consideração a opinião de outros consumidores;
  • 13,9% ficam de olho na qualidade do atendimento ao cliente.

Moral da história: não analisar o risco de reputação pode gerar grandes estragos para a imagem do negócio. Afinal de contas, quando o consumidor tem uma percepção ruim a respeito da marca, a tendência é que ele procure uma empresa que transmite mais confiança para fechar uma compra, não é mesmo?

Veja também: Saiba como transmitir confiança e credibilidade para o seu cliente.

10. Risco estratégico

Os riscos estratégicos são voltados para as decisões da empresa. Se o negócio decide implementar um serviço de delivery, por exemplo, existe o risco de dar certo ou não, concorda?

Pois bem, essa é uma possibilidade que você precisa avaliar porque pode representar uma oportunidade de negócios. Aliás, a mesma lógica vale para a escolha do mix de produtos, canais de atendimento, estratégias nas redes sociais e por aí vai.

Viu só como todos os negócios estão expostos a riscos em todo lugar. Mas a pergunta que não quer calar é: como reconhecer essas ameaças, afinal? É sobre isso que vamos falar a seguir.

Afinal, como reconhecer os riscos do negócio?

De antemão, já vamos avisar que essa não é uma tarefa fácil, viu? Aliás, muitas vezes, a empresa só percebe uma ameaça quando ela começa a incomodar e gerar prejuízos. E na gestão de risco, é necessário trabalhar com previsibilidade para evitar impactos negativos e interrupção nos trabalhos.

Além do mais, a gestão de riscos não é feita apenas uma vez. Na verdade, esse é um processo sistemático e contínuo para preparar a empresa para qualquer desafio. De toda forma, para ajudar você com o assunto, elaboramos algumas dicas simples para reconhecer e gerir riscos do negócio. Confira!

Faça uma análise SWOT

A metodologia SWOT é uma ferramenta bem legal para analisar os pontos fortes e fracos da marca. Daí, a partir da análise de cada um dos elementos, é possível otimizar as estratégias e garantir melhores resultados.

Para quem ainda não conhece, SWOT é uma sigla em inglês que significa:

  • S (strengths ou forças): pontos fortes da empresa. Por exemplo: colaboradores bem treinados, infraestrutura robusta etc.;
  • W (weakness ou fraquezas): pontos fracos da empresa. Por exemplo: problemas de logística, tecnologias defasadas, entre outros;
  • O (opportunities ou oportunidades): fatores externos que podem trazer algo de bom para o negócio. Por exemplo: mudanças no comportamento do consumidor, sazonalidades e por aí vai;
  • T (threats ou ameaças): fatores externos que podem dificultar o trabalho da empresa. Por exemplo: concorrência acirrada, dependência de fornecedores específicos, crises políticas e mais.
Faça uma análise SWOT - como reconhecer os riscos de negócio
Faça uma análise SWOT – como reconhecer os riscos de negócio

Avalie os riscos

Sabe aquela lista de 10 riscos de negócios que citamos aqui em cima? Pois bem, essa é a hora de pegar cada um deles e trazê-los para a realidade do seu negócio. Nesse contexto, é legal você destrinchar todos os tópicos e listar todas as ameaças contidas em cada um deles.

Para avaliar os riscos de reputação, por exemplo, é interessante ficar de olho nos dados do Reclame AQUI e criar uma estratégia de atendimento por lá. Vale até investir em soluções específicas da plataforma para facilitar a gestão de crises e melhorar a experiência do cliente. É aí que entra a RA Brand Page.

Com a ferramenta é possível personalizar a página da empresa no Reclame AQUI, além de incluir dados estratégicos como FAQ, vídeos, CTAs, entre outros.

E por mais que o nosso foco seja reputação, os dados disponibilizados na plataforma podem ajudar na identificação de vários outros riscos. Se os consumidores se queixam sobre falhas na entrega, por exemplo, é um indício de risco operacional.

Mais: reclamações sobre direito do consumidor indicam riscos regulatórios; falhas de segurança no site indicam riscos cibernéticos; comentários sobre a falta de um serviço pode significar um risco estratégico e por aí vai.

Por fim: todas as empresas estão expostas ao risco de negócio. Afinal de contas, as incertezas e movimentos do mercado podem mudar os rumos de qualquer empreendimento. Nesse contexto, é necessário saber prever crises e tendências para preparar a empresa para desafios e identificar novas oportunidades de negócios.

E aí, gostou do nosso artigo? Então, que tal outro conteúdo para alavancar a sua marca? Veja também: 6 lições que empresas podem aprender com o BBB.

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