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8 opções de financiamento para pequenas empresas

Você está pensando em abrir um negócio, mas não tem recursos próprios para os investimentos iniciais? Pois saiba que existem opções de financiamento para empresas para começar as operações sem precisar tirar muito dinheiro do bolso.

Mas olha: todo esse processo precisa ser feito com responsabilidade, viu? Afinal de contas, quase 60% das empresas abertas no Brasil fecham as portas em até 5 anos de funcionamento. Para fugir dessa triste estatística, portanto, é fundamental fazer um planejamento minucioso antes de empreender.

Interessou-se pelo assunto e quer conhecer as principais opções de financiamento para empresas? Então, continue a leitura que trouxemos a resposta neste artigo. Olha só!

Empreendedorismo: cenário e números no Brasil

Antes de falarmos sobre as principais linhas de crédito para negócios, precisamos contextualizar sobre o cenário do empreendedorismo no Brasil. O objetivo de trazer esses dados é mostrar a importância de ter consciência na hora de contratar um financiamento. Entenda!

Brasil ocupa 5º lugar no ranking de empreendedorismo

Você sabia que o Brasil é famoso mundo afora por causa da capacidade de empreender? Pois acredite se quiser: nosso país ocupa o 5º lugar no Ranking Global Entrepreneurship Monitor (GEM) — em tradução livre, Monitor Global do Empreendedorismo — que reúne dados de 50 economias globais.

Ainda de acordo com o ranking, cerca de 53% da população adulta brasileira — de 18 a 64 anos — têm intenção de empreender. E entre as principais motivações estão:

  • ter uma fonte de renda (76,8%);
  • fazer a diferença (75,7%);
  • construir riqueza (56,5%);
  • dar continuidade ao negócio de família (32%).

Interessante, não é mesmo? O fato é que abrir um negócio próprio é um dos maiores sonhos de vida dos brasileiros. Afinal de contas, com isso, é possível ter mais autonomia e até faturar mais.

De toda forma, vale lembrar que as taxas de empreendedorismo por necessidade aumentaram no período de pandemia e pós-pandemia.

MEIs e pequenas empresas geram renda de 420 bilhões por ano

De acordo com o estudo do Sebrae “Atlas dos Pequenos Negócios”, o empreendedorismo no Brasil gera renda de mais de R$ 420 bilhões por ano — isso dá cerca de 30% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Nesse contexto, cerca de R$ 140 bilhões vem de Microempreendedores Individuais (MEIs). Já os pequenos negócios (EPP) geram mais de R$ 280 bilhões.

Veja também: Você é MEI? Os valores da contribuição vão mudar em janeiro!

1/5 da população ocupada é composta por empreendedores

Veja bem: em 2021, aproximadamente 43 milhões de brasileiros entre 18 e 64 anos estavam à frente de um negócio ou envolvidos na criação de um. O número representa cerca de 19% da população ocupada. Em outras palavras, 1 a cada 5 brasileiros está envolvido com empreendedorismo.

Vale a leitura: Relembre como foi o painel do RA Trust sobre empreendedorismo feminino.

Apenas 40% das empresas sobrevivem após 5 anos

Em outra ocasião, o Sebrae realizou uma pesquisa para entender melhor a causa mortis das empresas no Brasil. O resultado não foi muito animador, viu? De acordo com o estudo, quase 60% das empresas fecham as portas em até 5 anos de funcionamento.

E as questões financeiras estão entre os principais motivos de dificuldade. No primeiro ano de atividade, por exemplo, os empreendedores disseram enfrentar problemas por falta de capital e lucros, por gestão ineficiente e excesso de burocracia e impostos.

Aproveite para ler também: Nota fiscal — o que é, alguns tipos, para que servem e mais!

Empreender exige responsabilidade

Trouxemos todos esses dados sobre o cenário do empreendedorismo no Brasil para alertar sobre a importância do planejamento.

Afinal de contas, não importa se você tem recursos próprios ou pretende contratar um financiamento para abrir a empresa. Em todas as situações é necessário fazer uma boa gestão para não entrar para as tristes estatísticas que acabamos de citar.

Esclarecimentos feitos, a seguir, vamos explicar melhor o que é, como funciona e as principais opções de crédito para empresas disponíveis no mercado.

Planejamento - financiamento para pequenas empresas
Planejamento – financiamento para pequenas empresas

Conceito: o que é financiamento

Basicamente, o financiamento é uma forma de contratar crédito. Nesse contexto, um banco cede o valor que você precisa para realizar um objetivo específico e, em contrapartida, cobra juros para o pagamento parcelado.

De modo geral, o recurso é muito utilizado para financiar:

  • veículos;
  • imóveis;
  • cursos de formação;
  • obras — construção e reforma;
  • empresas — tanto para dar o pontapé inicial quanto para modernizar ou aplicar estratégias de crescimento.

Empréstimo x financiamento

Conforme já explicamos aqui em cima, o financiamento é usado para objetivos específicos. Na prática, isso significa que você tem que dizer ao credor como você usará o dinheiro. Além do mais, de modo geral, existem linhas de crédito próprias para cada propósito.

Por outro lado, o empréstimo é de uso livre. Isto é, você pega o dinheiro e aplica da forma que quiser. Contudo, como esse tipo de crédito não fica atrelado a nenhum bem em especial — que pode ser usado como garantia — os bancos costumam cobrar taxas mais caras pela modalidade.

Mesmo assim, ambas opções podem ser usadas para investir no negócio próprio. Vamos falar mais sobre isso daqui a pouco, combinado?

Financiamento para pequenas empresas: como funciona

O financiamento para pequenas empresas nada mais é que o crédito cedido para fins empresariais. Por exemplo: abrir uma empresa, captar recursos para capital de giro, comprar equipamentos, expandir as operações do negócio e por aí vai.

O mais interessante desse tipo de financiamento é que, de modo geral, existe um período de carência para começar a pagar as parcelas. Daí, a empresa tem tempo para obter retorno do investimento e se organizar financeiramente para arcar com as mensalidades. O grande problema é que, quanto maior for o período de carência, maior será o saldo devedor.

Outro diferencial do financiamento para empresas está nos documentos necessários para apresentar à instituição financeira. Quando o negócio já está funcionando, o empresário precisa apresentar contrato social, balanço patrimonial, balancete financeiro, entre outras informações. Os bancos analisam esses papéis para certificar-se de que a empresa, de fato, tem condições de pagar pelo crédito, sabe?

Negócios no início das atividades também podem solicitar financiamento. No entanto, como a empresa ainda não tem dados de faturamento, é necessário apresentar um plano de negócios bem sólido para convencer o banco de que o empreendimento será bem administrado e terá lucros para pagar as parcelas direitinho.

Veja também: Saiba como manter a saúde financeira da sua empresa em dia

Financiamento para empresas - como funciona
Financiamento para pequenas empresas – como funciona

Financiamento para pequenas empresas: conheça as 8 principais opções

Antes de tudo, vale lembrar que não existe uma solução melhor que a outra. Afinal de contas, tudo depende das suas necessidades.

Sendo assim, em primeiro lugar, faça um plano de negócios e calcule direitinho o investimento inicial do negócio. Ter esse valor em mão é fundamental para determinar qual é o financiamento mais adequado.

E olha: cuidado com os golpes na internet, viu? Antes de escolher uma instituição financeira e até fornecer dados online para simulação, é legal dar uma passadinha básica no Reclame AQUI. Além de investigar a reputação da financeira, esse passo é importante para certificar-se de que você não está sendo vítima de phishing — golpe para roubar dados pessoais.

Reputação "Ótimo" no Reclame AQUI - financiamento para empresas
Reputação “Ótimo” no Reclame AQUI – financiamento para empresas

Dito isto, veja, a seguir, as principais opções de financiamento para pequenas empresas.

1. Empréstimo pessoal

Só para deixar claro: o empréstimo pessoal é destinado para pessoas físicas. E apesar de não ser uma opção específica para empresas, nada impede você de usar o valor para abrir um negócio.

Nessa modalidade, o contratante não precisa dar bens como garantia ao empréstimo. Aliás, por causa dessa facilidade, as taxas de juros costumam ser mais salgadas — só não perde para o rotativo do cartão e para o cheque especial.

De toda forma, o banco analisa o perfil do cliente para minimizar o risco de calote, sabe? É por isso que, de modo geral, é necessário comprovar renda para conseguir esse tipo de crédito.

Além do mais, o valor disponível para o empréstimo é determinado após a análise de crédito. Quanto maior for a sua renda e melhores forem os seus hábitos financeiros, mais dinheiro você pode conseguir. Mesmo assim, o valor máximo costuma girar por volta dos R$ 50 mil.

Veja também: Reclamações sobre empréstimo consignado e a busca por soluções efetivas.

2. Empréstimo com garantia

Já o empréstimo com garantia pode ser feito tanto para pessoas físicas como jurídicas. No entanto, é necessário ter algum bem quitado — veículo ou imóvel — para dar como garantia ao banco. No mercado financeiro, você pode ver essas modalidades com os nomes de auto equity, home equity e refinanciamento de veículo ou imóvel.

Em todo caso, se você não pagar as parcelas direitinho, a instituição pode acessar o bem oferecido como garantia para quitar o saldo devedor. É por causa dessa segurança que as taxas costumam ser mais camaradas.

Outro ponto interessante é o valor disponível. De modo geral, o montante disponibilizado é proporcional ao valor do bem. No caso do carro, por exemplo, é possível conseguir cerca de 80% do valor do veículo. Já o percentual do imóvel fica por volta dos 60%.

Se você tem um carro de R$ 70 mil, por exemplo, pode conseguir empréstimo de até R$ 56 mil. Com os imóveis, a lógica é a mesma. Quem tem uma casa quitada no valor de R$ 1 milhão, por exemplo, pode conseguir até R$ 600 mil no empréstimo.

3. Crédito para capital de giro

Em primeiro lugar, o capital de giro nada mais é que o dinheiro necessário para pagar as despesas do dia a dia. Por exemplo: aluguel, fornecedores, folha de pagamento, contas de consumo, tributos e por aí vai. Várias instituições financeiras oferecem linhas de créditos específicas para esse fim.

4. Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas (FAMPE)

O FAMPE é um programa do Sebrae para facilitar o acesso ao crédito de pequenos empresários (MEI, MPE e EPP).

Funciona mais ou menos assim: você procura uma empresa conveniada ao FAMPE e os recursos do fundo são usados como garantia complementar. Na prática, o Sebrae atua como uma espécie de avalista, entende?

Nesse contexto, dá para contratar crédito para capital de giro, investimento fixo, operações de exportação e desenvolvimento tecnológico e inovação.

Veja também: Conheça os principais tipos de empresas que podem ser abertas no Brasil.

5. BNDES Crédito Pequenas Empresas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é uma empresa pública federal que trabalha para estimular a economia nacional. E esse incentivo é feito por meio de crédito e financiamento de longo prazo para negócios de vários portes e nichos.

Aliás, existe até uma linha de crédito específica para pequenas empresas. Dá para financiar os investimentos fixos, pré-operacionais, capital de giro, aquisição ou fabricação de equipamentos, compra de bens, exportação, importação etc. O prazo total de pagamento pode variar de 12 a 60 meses e você pode ter até 2 anos de carência.

6. Financiamento coletivo

A famosa “vaquinha” foi gourmetizada e hoje também é conhecida como crowdfunding ou financiamento coletivo. Mas a grande questão aqui é que o propósito continua o mesmo: arrecadar dinheiro para fazer alguma coisa.

Nesse contexto, você cadastra a sua ideia em uma plataforma de crowdfunding on-line, determina o valor que precisa e divulga o link para amigos, familiares, clientes, investidores e por aí vai.

Mas como se trata de contribuições espontâneas, é necessário usar e abusar da criatividade para engajar as pessoas. Vale até oferecer brindes e recompensas relacionadas ao negócio para quem topar participar.

Crowdfunding - financiamento para pequenas empresas
Crowdfunding – financiamento para pequenas empresas

7. Investidores-anjo

O investidor-anjo é uma pessoa física — ou um grupo de pessoas — com experiência no mercado. Além do mais, ele está disposto a tirar dinheiro do próprio bolso para investir e aplicar todo seu conhecimento para fazer uma empresa decolar. Se você já assistiu ao programa de TV “Shark Tank”, sabe muito bem como isso funciona.

De modo geral, para conseguir esse tipo de apoio, é necessário ter uma ideia muito boa e um plano de negócios consistente com estudos de mercado e previsão de lucros. Afinal de contas, o investidor só vai apostar em empresas com reais chances de sucesso.

Veja também: Economia Criativa — um guia completo para a empresa.

8. Cooperativas de crédito

As cooperativas de crédito têm como objetivo fomentar o desenvolvimento sustentável da região onde está inserida. E oferecer empréstimos e financiamento para pequenas empresas locais contribui para isso.

Aliás, como as cooperativas são organizações sem fins lucrativos, elas estão isentas de pagar diversos tributos. Nesse contexto, o empréstimo ou financiamento pode sair mais barato para o empresário.

No entanto, para ter acesso às soluções, é necessário comprar uma cota na cooperativa. Mas olha: não é nada de outro mundo não, viu? Os valores costumam ser acessíveis e são usados apenas para manter as operações do banco.

Por fim: o financiamento para empresas é uma boa opção para quem quer abrir um negócio ou expandir as operações da empresa, mas não tem recursos próprios para investir. No entanto, lembre-se de fazer um planejamento minucioso antes de sair à procura de crédito, combinado? Afinal de contas, os bancos podem exigir esse documento para certificar-se de que você tem capacidade de administrar a empresa, gerar lucros e pagar as parcelas em dia.

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