Já se pegou sonhando em trocar de carro ou comprar a casa própria? Se a grana está curta, e esse sonho parece distante, encarar um financiamento com altas taxas de juros não é uma opção. Que tal uma alternativa? O consórcio é uma compra em grupo, no qual as pessoas se unem para adquirir um bem ou serviço.
Mas, afinal, tem como garantir que é uma compra segura? Buscar um consórcio, sem antes entender como funciona e quais são as regras de contratação, é perigoso. Por isso, o Blog Reclame AQUI preparou dicas para te deixar longe das armadilhas. Veja só:

O que é consórcio?
Antes de tudo, é preciso entender como funciona o consórcio. Nessa modalidade, pessoas físicas ou jurídicas se reúnem para adquirir um bem ou um serviço. O processo é similar a uma conta poupança conjunta. Entretanto, o consórcio é um autofinanciamento em grupo. E todo o grupo de pessoas é conduzido por uma empresa administradora de consórcios.
O valor do bem é dividido pelo grupo de consórcio, e cada participante do grupo paga uma parte. Mensalmente, é realizado um sorteio para contemplação da carta de crédito. Essa carta corresponde ao valor do bem ou serviço desejado.
Também existe outra forma de contemplação por lances. É como se fosse um leilão. Ou seja, nesse caso, o lance é uma forma de antecipação da contemplação, no qual o maior valor ofertado ganha.
Vale a pena?
O consórcio é mais vantajoso do que um financiamento? A resposta é: depende. Se você busca investir o seu dinheiro a longo prazo, o consórcio não é a melhor alternativa. Isso porque ele não traz nenhum tipo de rendimento sobre o valor aplicado.
O fato é que você foge das taxas de juros. Em contrapartida, há a cobrança da taxa de administração. Essa taxa ainda chega ser bem mais leve do que o juros de um financiamento comum.
Não é um negócio simples. Isso porque você antecipa o pagamento de um bem que ainda não está em mãos. Sendo assim, é importante colocar na balança se você está disposto a lidar com a espera da contemplação.
Se você for sortudo, a contemplação pode ocorrer logo nos primeiros meses. Entretanto, muitas das vezes, é preciso aguardar um tempo muito maior.
No caso, o consórcio é uma oportunidade de se comprometer em guardar dinheiro a longo prazo. Agora, se esperar não é uma opção, o melhor mesmo é um investimento como uma conta poupança que ainda traz rendimentos, e com isso você não precisa pagar nenhuma taxa.
Quais são os cuidados?
Fique de olho nas letras miúdas do contrato
Assinar qualquer contrato exige cuidados. No caso do consórcio, o cuidado é redobrado. Faça uma avaliação detalhada das cláusulas contratuais que falem sobre taxas, multas e possíveis reajustes. Outro detalhe, é checar as formas de exclusão e a restituição de valores do fundo de reserva.
Esse não é um negócio simples. Então, mantenha a atenção com as falsas promessas de contemplação. Alguns vendedores utilizam como argumento de venda um prazo de contemplação muito menor. Sempre verifique o prazo descrito no contrato antes de assinar.
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De olho nos reajustes
Apesar da flexibilidade no pagamento, podem surgir imprevistos. Esteja preparado para os reajustes nas parcelas e evite atrasos no pagamento. Afinal, isso pode gerar multas e encargos financeiros.
Além dos juros e multas, é possível que em caso de não pagamento das parcelas, o consorciado seja expulso do grupo, perdendo o direito à carta de crédito e também ao bem adquirido.
Fique por dentro dos seus direitos, e informe-se sobre as condições para inadimplentes. Entenda com a administradora como ocorre a restituição dos valores já pagos, ou se é possível realizar a transferência do consórcio para terceiros.
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Pesquise a reputação
Colocar seu dinheiro para ser administrado por terceiros requer alguns cuidados. Por isso, antes de escolher a administradora de consórcios, o primeiro passo é buscar informação e pesquisar bastante. Antes de tudo, confira se a administradora está regulamentada pelo Banco Central (Bacen).
Além disso, para garantir um negócio seguro, pesquise no Reclame AQUI. Afinal, a reputação não pode passar despercebida. Dê preferência para as empresas com uma boa reputação. Fique de olho nos principais problemas e o que outros consumidores estão falando da empresa.
Fontes: Embracon / Infomoney / Nubank