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A Black Friday das compras internacionais, será que vem aí?

Com o lançamento do programa “Remessa Conforme”, os sites de compras internacionais disputam a atenção do consumidor com os varejistas brasileiros na Black Friday 2023

Entrega rápida, uma grande variedade de produtos e descontos imperdíveis. Em 2023, as plataformas de compras internacionais ganharam espaço no coração do consumidor brasileiro e entraram em uma disputa acirrada com o varejo nacional.  

Depois de um ano intenso do vai e vem da taxação de compras internacionais, foi o consumidor quem “ganhou a disputa”, após o lançamento do programa do Governo Federal “Remessa Conforme”, onde compras de até US$50 não são taxadas e ganham agilidade no envio. 

Depois de tudo que rolou, será que a Black Friday das compras internacionais vai valer a pena? Acompanhe com o Reclame AQUI. 

Compras por estímulo: preço baixo e entrega rápida

Para entender qual a promessa dos grandes varejistas internacionais para a Black Friday 2023, é importante dar um passo atrás e contextualizar tudo que rolou esse ano.  

Desde a pandemia, empresas como Shein, Shopee e Aliexpress, encontraram uma brecha no mercado de consumo brasileiro e aproveitaram a oportunidade para incentivar o consumidor a comprar produtos com um ticket baixo, garantindo muito mais economia na hora da compra. 

Aliás, não faltaram incentivos, viu? Troca de pontos por reviews, check-in diário, live-commerces, jogos e parcerias com grandes influenciadores nacionais, como Anitta, Ludmila, Virgínia Fonseca e muitos outros.  

Além dos incentivos de desconto, os produtos começaram a chegar no Brasil quase que em tempo recorde. 

Taxar ou não taxar? Acompanhe a retrospectiva:

Até então, de acordo com a lei no Brasil, todas as compras internacionais realizadas entre empresas e pessoas físicas eram taxadas em 60% sobre o valor aduaneiro da encomenda.

Contudo, algumas empresas driblavam a fiscalização para isentar o consumidor da cobrança. Dessa forma, elas aproveitam uma brecha realizando o envio em nome de pessoas físicas para garantir a isenção de impostos e fracionavam o envio dos produtos. 

Foi aí que as compras internacionais deram um boom. Em agosto, a Receita Federal indicou que houve um aumento de mais 150% das compras internacionais.  O crescimento foi tanto que só em 2022, houve um aumento de 176 milhões de volumes importados entre itens tributáveis e isentos.

É claro que toda essa movimentação, não passaria despercebida e fez acender um debate entre os varejistas nacionais justificando uma concorrência desleal.

Após forte pressão, o governo brasileiro decidiu reforçar a fiscalização e acabar de vez com a isenção de compras nacionais. A decisão não agradou o consumidor brasileiro, que reclamou nas redes sociais e se posicionou contra a decisão. 

Foi aí que o governo voltou a isentar de impostos federais compras de até US$50 para todas as empresas aderentes do programa Remessa Conforme, da Receita Federal. 

Leia também: O vai e vem das taxas: governo recua taxação de compras internacionais

O que mudou desde então?

As principais varejistas internacionais, não ficaram de fora. Aliexpress, Shein, Mercado Livre, Shopee e Amazon aderiram ao programa Remessa Conforme. 

Vantagens principalmente para o consumidor, já que as mercadorias enviadas por essas empresas ganham agilidade e chegam com antecedência. Isso acontece porque o pagamento do imposto acontece já durante a compra, otimizando o processo de declaração da mercadoria. 

Essa mudança também refletiu na operação de algumas marcas no Brasil. A Shein, por exemplo, tem investido em trazer marketplaces brasileiros para dentro da plataforma e criar operações locais com fábricas parceiras, dessa forma, apostando em expandir o crescimento da operação no país. 

Leia também: Novas regras para a taxação de compras internacionais já estão valendo

Black Friday x 11.11

Enquanto a Black Friday é aguardada pelos consumidores brasileiros, nesse último sábado (11/11), o “11.11” ou “Dia dos Solteiros”, data impulsionada pelo varejo chinês, antecipou o festival de descontos em lojas como Shein, Shopee e Aliexpress. 

Contudo, há duas semanas da Black Friday brasileira, parece que os consumidores ainda não adotaram a data comercial, e vão esperar de fato pela Black Friday brasileira.

E não é por acaso, de acordo com o resultado de pesquisa da agência Conversion, a Shein, fast fashion asiática, lidera o ranking de preferências dos consumidores brasileiros sendo um dos e-commerces mais citados durante a Black Friday 2023com 19% das menções, ultrapassando a Amazon (18%) e o Mercado Livre (16%). 

Com o planejamento antecipado para as compras e a expectativa em alta, os consumidores brasileiros preferem aguardar a Black Friday brasileira. 

Isso porque apesar dos incentivos e dos bons descontos,  em anos anteriores, o tradicional ‘’11.11” veio como um aquecimento de descontos para a pré Black Friday. 

Vai comprar em sites de compras internacionais? Confira a reputação

Se você está planejando compras internacionais, vale a pena ficar de olho! O Reclame AQUI fez um levantamento da reputação dessas empresas nos últimos 6 meses (01/05/2023 – 31/10/2023) considerando o Índice de Solução e o volume de reclamações. Afinal, na Black Friday a reputação garante muito mais confiança. Acompanhe:

compras internacionais

Atenção: A reputação “Não Recomendada”, indica que a empresa não responde às reclamações no Reclame AQUI, cuidado
Fontes:  Exame/ Mercado e Consumo / CNN / g1

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