Você pensa em fazer vendas on-line e tem dúvidas sobre o que as pessoas mais compram pela internet? Pois saiba que fazer esse estudo de mercado é fundamental para ter um negócio de sucesso. Pensa bem: se não houver demanda para os seus produtos ou serviços, fica difícil prosperar, não é mesmo?
Mas olha: apesar da importância dos números, nada de se apegar apenas ao volume de vendas, combinado? Afinal de contas, o ideal é trabalhar com uma categoria que você curte. Essa identificação é importante para conseguir vender melhor o seu peixe e até ter melhores insights de negócios.
De toda forma, vamos mostrar quais são os itens mais vendidos na internet para facilitar esse estudo. Bora lá?
Em primeiro lugar, por que as pessoas compram on-line?
Porque é mais prático e barato. Simples assim! Aliás, na hora de escolher entre o varejo físico e as compras na internet, cerca de 64% dos consumidores preferem o e-commerce. Os dados são da pesquisa feita pela NZN Intelligence.
O levantamento ainda mostra que apenas 9% dos compradores têm receio em fazer compras on-line. Na prática, isso significa que os clientes já conhecem as regras básicas de segurança para fazer compras seguras, sem cair em golpes.
Tem mais! Veja o que leva as pessoas a escolherem o e-commerce em vez das lojas físicas.
Comodidade
Não existe nada mais prático que comprar uma roupa nova sem nem precisar levantar do sofá, não é mesmo? Pensa bem: não precisa sair de casa, se estressar com o trânsito, se espremer em provadores, nem enfrentar filas no caixa para pagar pelo produto.
Sendo assim, a comodidade e praticidade estão entre os principais fatores que levam o consumidor a fazer compras on-line.
Preços mais baixos
De modo geral, os produtos vendidos pela internet são mais baratos se comparado aos itens comercializados no varejo físico — mesmo quando há a cobrança de frete. Ainda dá para aplicar cupons de desconto, participar de programas de cashback etc. Daí, a mercadoria comprada sai bem mais em conta.
Avaliações disponíveis
Ao comprar pela internet, fica mais fácil dar aquela passadinha básica no Reclame AQUI para conferir a reputação da marca, sabe?
Além disso, é possível ler reviews com opiniões de consumidores reais a respeito da experiência que tiveram com determinado produto, serviço ou loja.
Com essas informações em mãos, é possível aumentar a segurança da compra e fazer escolhas mais certeiras.
Saiba mais: Como os reviews influenciam as vendas no e-commerce.
Funcionamento em tempo integral
Imagine só lembrar de comprar um presente, mas já é tarde da noite. Se deixar para o dia seguinte, pode correr o risco de esquecer de novo, não é mesmo? Pois bem, o e-commerce funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana. Então, o consumidor pode fazer pesquisas e concluir uma compra no horário que quiser.
Variedade de lojas
Ao jogar o termo “vestido branco” no Google, por exemplo, você verá uma infinidade de lojas com produtos correspondentes. Dá para ver até itens disponíveis em e-commerces do outro lado do mundo. Logo, o consumidor tem mais opções de compra e uma grande facilidade de fazer comparações.
Afinal, quais são os itens mais comprados pela internet?
De antemão, vale avisar que as categorias que vamos mostrar por aqui não são as únicas opções de vendas on-line, viu? Pensa bem: vira e mexe o comportamento do consumidor muda, novos nichos podem surgir e outras coisas podem virar sucesso de vendas nos e-commerces.
Sendo assim, nossa primeira dica é: fique de olho nas tendências do mercado. Você pode identificar os itens mais vendidos por meio de pesquisas via:
- Google Trends;
- Keyword Planners;
- monitoramento de redes sociais;
- relatório de tendências;
- itens mais vendidos nos principais e-commerce e marketplaces do mercado.
Além disso, não é exagero dizer que todas as categorias são interessantes para quem pretende vender pela internet. Afinal de contas, o ideal é trabalhar com algo que você curte.
De toda forma, a gente sabe que, se a demanda for baixa, você terá mais trabalho para fazer o negócio decolar. No entanto, empresas com produtos inovadores chamam atenção do público. Então, vale colocar esse aspecto na balança.
Agora, se você quiser ir direto nas categorias que mais vendem, existem dados que mostram quais são os setores que estão em alta. Vamos detalhar melhor esses dados a seguir. Olha só!
1- Alimentos e bebidas
De acordo com a 46ª edição da pesquisa Webshoppers, realizada pela NielsenIQ Ebit, essa foi a categoria de maior destaque em vendas no e-commerce brasileiro. No comparativo entre o primeiro semestre de 2020 e mesmo período de 2021, por exemplo, o faturamento do setor cresceu 34%.
Em 2022, a categoria foi a que mais cresceu e liderou o ranking de importância em pedidos por categoria da NielsenIQ Ebit com variação de 128%. Veja só os itens que entram nesse pacote:
- bebidas alcoólicas: vinho, espumante, whiskey, cerveja, entre outros;
- bebidas em geral: chá, café, sucos, leite, água de coco, refrigerante, bebida láctea etc;
- doces: chocolate, bombom, bolinho, ovos de páscoa e mais;
- salgadinhos: amendoim crocante, batata chips e assim por diante;
- alimentos em geral: hortifruti, arroz, feijão, farinha e por aí vai.
Vale a leitura: O que rolou no comércio eletrônico no primeiro semestre de 2022.
2- Autopeças
Na contramão do segmento de alimentos e bebidas, as vendas do setor automotivo tiveram uma queda no início da pandemia. A razão foi simples: houve uma redução na circulação de carros no período. Por consequência, a demanda por autopeças caiu.
Por outro lado, em 2021, com o aumento na circulação de carros usados, a necessidade de peças para reposição aumentou. Logo, o setor retomou o crescimento com boas perspectivas de faturamento nos próximos anos. Veja só os itens mais vendidos na categoria:
- pneus;
- rodas;
- freios;
- faróis;
- alarmes;
- embreagem;
- suspensão;
- filtros;
- ignição.
3- Bebê e Cia
De acordo com um levantamento feito pela InterPlayers, a venda de produtos para bebês e crianças cresceu 12% entre março de 2021 e fevereiro de 2022. Sendo assim, empreender no setor é uma boa alternativa. Os produtos da categoria incluem:
- fraldas;
- lenços umedecidos;
- produtos de higiene e beleza;
- roupas infantis;
- carrinho para bebê;
- berço;
- cadeirinha para o carro;
- brinquedos.
4- Casa de decoração
Essa foi outra categoria que cresceu por causa da pandemia. Afinal de contas, como muita gente passou a trabalhar no modelo de home office, a criação de um escritório em casa virou uma necessidade.
Mas não foi só isso: como as pessoas estavam passando mais tempo em casa, aumentou a vontade de ter um ambiente mais confortável e acolhedor. No primeiro semestre de 2021, por exemplo, foi registrada uma alta de 155%. Entre os principais produtos, estão:
- cama;
- jogo de lençol;
- guarda-roupas;
- sofá;
- mesa de jantar;
- escrivaninha;
- cadeira para PC;
- itens de decoração como luminárias, quadros, plantas, almofadas, tapetes, espelhos, adesivos para paredes, cortinas e por aí vai.
5- Construção e ferramentas
Atire a primeira pedra quem nunca usou seu tempo livre para se aventurar na arte do “faça você mesmo” — ou DIY, sigla em inglês para “Do it yourself”. Por exemplo: pintar uma cômoda velha, criar um jardim e repaginar um cômodo da casa.
E para conseguir fazer tudo isso, é necessário investir em materiais e ferramentas adequadas. É por isso que vale a pena vender itens da categoria, como:
- furadeira;
- parafusadeira;
- pistola de cola quente;
- caixa de ferramentas;
- escada;
- plantas e sementes;
- mangueira e regador.
6- Educação, livros e papelaria
Antes de tudo, a gente não pode negar que o market share de livros, jornais, revistas e papelaria vêm caindo ao longo dos anos. Em dezembro de 2021, por exemplo, a participação do setor no comércio varejista foi de 2% — contra 2,5% em janeiro do mesmo ano.
De toda forma, não podemos desprezar a categoria porque existe um público muito fiel aos títulos impressos. Ainda tem os produtos de papelaria que entram nesse pacote para impulsionar o setor. Veja só alguns itens:
- livros didáticos;
- livros literários;
- livros infantis;
- cadernos;
- agendas, planners e bullet journals;
- caneta, lápis, borracha, apontador etc;
- material de escritório: pastas, envelopes, grampeadores, entre outros.
7- Eletrodomésticos
Veja bem: os eletrodomésticos não estão no topo do ranking de produtos mais vendidos. Por outro lado, a categoria ocupa a primeira posição quando o assunto é faturamento por causa do valor do ticket médio. Aliás, a previsão é que o setor fature R$ 18,1 bilhões em 2022, viu? Nesse contexto, entram:
- máquina de lavar e secar roupas;
- geladeira;
- fogão;
- air fryer;
- liquidificador;
- micro-ondas;
- cafeteira;
- ventilador;
- ar-condicionado;
- aspirador de pó.
Saiba mais: 5 dicas para aumentar o ticket médio da sua loja.
8- Eletrônicos
Os eletrônicos também estão ali na briga pela categoria de maior faturamento em vendas no e-commerce. Se a gente falar só em vendas de TV, por exemplo, o aumento do faturamento do primeiro semestre de 2022 foi de 4,9% se comparado ao mesmo período do ano anterior.
E na segunda metade do ano se concentram datas ainda mais importantes para a indústria de eletrônicos, como Copa do Mundo, Black Friday, Cyber Monday e Natal. Veja só quais são os principais itens da categoria:
- smart TV;
- som portátil;
- monitor;
- fones de ouvido e headsets;
- consoles e games.
Veja também: 7 dicas para ter mais sucesso nas campanhas de fim de ano.
9- Esporte e lazer
Esse foi mais um dos setores que teve alta significativa durante a pandemia. Afinal de contas, com academias fechadas, o pessoal investiu em equipamentos esportivos para manter a rotina de exercícios em casa ou na rua.
Foi por isso que o faturamento do setor subiu 48% no comparativo entre o primeiro semestre de 2020 e 2021. Nesse contexto, o destaque vai para:
- suplementos;
- bicicletas;
- mochilas;
- calças e shorts esportivos;
- tênis;
- artigos para musculação como elásticos, halteres, cordas, colchonetes, entre outros.
10- Informática
Para você ter uma ideia da relevância do setor, em dezembro de 2021, as vendas de equipamentos e materiais de escritório, informática e comunicação representou 43,1% do market share das atividades do comércio varejista. Aliás, nessa categoria se encaixam produtos, como:
- notebook;
- PC;
- impressora;
- mouse;
- teclado;
- tablet;
- cartão de memória;
- HD;
- SSD;
- suportes para notebook e monitor.
11- Moda e acessórios
Assim como outras categorias, a compra de roupas pela internet também se intensificou em meio a pandemia. O legal é que o consumidor manteve o hábito e, agora, gasta bem mais nas compras de vestuário on-line.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), o segmento faturou R$ 6,5 bilhões no primeiro semestre de 2022. O número representa um crescimento de 2% no comparativo com o mesmo período de 2021. Veja só alguns exemplos de itens dessa categoria:
- roupas masculinas e femininas como calças, camisas, camisetas, vestidos etc;
- calçados: sandálias de salto, tênis, rasteiras, entre outros;
- bolsas;
- cintos;
- bijuterias;
- acessórios para o cabelo.
12- Perfumaria e cosméticos
Quando o assunto é volume de pedidos, a categoria de Perfumaria e Cosméticos ocupou o segundo lugar no ranking de importância para o e-commerce no primeiro semestre de 2022 — perdendo apenas para o segmento de alimentos e bebidas. E nesse pacote entram:
- cosméticos capilares: xampu, condicionador, máscara, protetor térmico, óleos reparadores etc;
- tintura para cabelo;
- dermocosméticos: cremes antirrugas, antimanchas, protetor solar, desodorante corporal, hidratante corporal, entre outros;
- itens para unhas: esmalte, lixas, alicates e mais;
- secador de cabelo, prancha e babyliss e assim por diante;
- maquiagens;
- perfumes e por aí vai.
13- Pet Shop
Não é de hoje que os animais de estimação viraram membros das famílias dos brasileiros. E olha: a consequência disso pode ser percebida no faturamento do mercado de pet shop.
O Instituto Reclame AQUI até já fez uma pesquisa sobre o comportamento de consumo dos donos de pets. De acordo com o estudo, cerca de 67,7% dos clientes gastam até R$ 200 por mês com a alimentação dos bichinhos. Mais: cerca de 50,2% gastam até R$ 100 por ano com brinquedos e acessórios.
Dito isto, veja agora quais são os itens mais vendidos na categoria:
- alimentação para cães e gatos como ração, petiscos, biscoitos etc;
- medicamentos contra pulgas e carrapatos;
- produtos de higiene: xampu, condicionador, perfume, escova de dentes e rasqueadeira;
- coleiras e guias;
- comedouros e bebedouros.
Vale a leitura: Clube de assinatura — como esse programa tem conquistado clientes?
14- Saúde
A título de curiosidade, o setor teve variação de 15% no comparativo entre o primeiro semestre de 2021 e 2022. Aliás, por aqui, entram todos os itens de saúde e cuidados pessoais, como:
- medicamentos;
- remédios fitoterápicos;
- álcool em gel;
- lentes de contato;
- sabonetes;
- acessórios hospitalares: como luvas, máscaras, seringas e por aí vai.
15- Telefonia
Atire a primeira pedra quem não se sentiu sem roupas sem o smartphone por perto. Brincadeiras à parte, é fato que celular é um item indispensável em nossas vidas. É por isso que essa categoria vende tanto. Por exemplo:
- celular;
- carregador;
- películas e capinhas;
- cabo de dados;
- suportes;
- peças de reposição como bateria, tela, gaveta de chip etc.
Ufa! Viu só quais são os produtos mais comprados pela internet? Pois bem, os dados evidenciam que abrir um negócio virtual é uma excelente ideia. Afinal de contas, são várias opções. Além disso, as compras on-line já viraram hábito entre os consumidores.
Mas olha: lembre-se de que o planejamento de um negócio vai além da escolha dos produtos certo, viu? Tem que estudar o comportamento do consumidor, investir em marketing, cuidar do atendimento ao cliente e fazer uma boa gestão de reputação da marca, combinado? Você aí pretende empreender online e ainda tem dúvidas sobre como vender pela internet? Então, vale entender também sobre a diferença entre e-commerce e marketplace.