O Google é uma espécie de oráculo, que nos fornece respostas sempre que digitamos palavras-chave no campo de pesquisa. Agora, já pensou se a ferramenta pudesse exibir resultados de forma proativa e sem pesquisa? É exatamente isso que o Google Discover faz.
A tecnologia está disponível para dispositivos móveis, oferece sugestões de leitura conforme os gostos e comportamento do usuário. Usá-la é uma oportunidade para impactar mais gente com os conteúdos da sua marca e aumentar as chances de conversão.
Gostou da ideia e quer entender melhor como funciona o Google Discover? Então, confira este artigo bem completo que preparamos sobre o assunto!
O que é Google Discover?
É um recurso para dispositivos móveis — Android e iOS — que exibe em formato de feed sugestões de leitura de acordo com as preferências do usuário.
O mais interessante é que, para ter acesso aos resultados, não precisa digitar nada na barra de buscas.
Basta abrir o app do Google ou Chrome e rolar a página para ver várias notícias, stories e blog posts, vídeos, placares esportivos, previsão do tempo e entre outros conteúdos que o algoritmo julga como útil para o dono do aparelho.
Em alguns dispositivos, é possível ver o recurso de forma ainda mais prática: deslizando para a direita na tela inicial.
Então, o Google que já era um velho conhecido como ferramenta de buscas ativas, agora, também atua de forma proativa com recursos de descoberta. Daí o nome Discover.
A tecnologia começou a engatinhar ainda em 2017 com o nome Google Feed. Após receber diversas atualizações e aprimoramentos, em 2018, passou a ser chamado Google Discover.
Leia também: Conheça a nova atualização do Google e como pode impactar o seu e-commerce.
Como a ferramenta funciona?
Para exibir essas descobertas alinhadas aos interesses de cada usuário, a tecnologia utiliza informações relacionadas à conta do Google.
Se você pesquisa com frequência sobre partidas do Brasileirão, tabela de classificação e os placares dos jogos, por exemplo, é bem provável que o Discover exiba vários conteúdos sobre futebol no seu feed.
De modo geral, a ferramenta mostra conteúdos mais atuais para deixar o usuário bem antenado, mas essa não é uma regra. O que importa mesmo para o algoritmo, é que o conteúdo digital seja de qualidade e relevante para a persona.
Além do histórico de pesquisas no buscador, o Google ainda pode usar informações de atividades em sites, apps, gravações de áudio e voz, histórico de localização e dados de contatos para garantir experiências personalizadas.
No entanto, você precisa permitir que a ferramenta acesse esses dados.
Apesar de toda a inteligência do Google — que merece todo o nosso respeito — a ferramenta permite que os usuários deem uma ajudinha para garantir feeds ainda mais alinhados aos interesses.
Ao ver um card que você não considera útil, por exemplo, é possível clicar nos três pontinhos e pedir para ocultar o conteúdo, não exibir mais conteúdos de determinado assunto e até bloquear a fonte. Ainda existem opções de denunciar conteúdo e enviar feedbacks.
Outra forma de adequar os assuntos é por meio do recurso “gerenciar interesses”. Por lá, o usuário consegue seguir assuntos específicos para receber todas as descobertas relacionadas.
Qual é a vantagem do Google Discover para as empresas?
Nós, enquanto usuários, ganhamos muito com a ferramenta. Afinal de contas, vários links úteis são exibidos de bandeja, sem esforço em buscas.
As informações chegam na palma das nossas mãos, já que o Google Discover funciona apenas em dispositivos móveis.
E olha só que dado interessante: de acordo com os números da Digital 2022, relatório elaborado pela We Are Social em parceria com a HootSuite, o Brasil tem 224,9 milhões de celulares conectados.
Se você parar para pensar que somos cerca de 214,7 milhões de brasileiros, o percentual de conexões móveis fica em 104,8%.
Infelizmente, nem todo mundo tem condições de ter um celular e a penetração não é tão alta.
Na verdade, o número mostra apenas que o Brasil tem mais celulares que pessoas. Ainda conforme o relatório, o percentual de pessoas que tem acesso à internet é de 77%. Veja mais alguns dados relevantes:
- 97,2% dos usuários brasileiros usam dispositivos móveis para se conectar à internet;
- 10,19 horas por dia: esse é o tempo médio que o brasileiro fica conectado. O país ocupa a terceira posição no ranking de países que passam mais tempo na internet, perdendo apenas para a África do Sul e Filipinas;
- 5,25 horas (52,5% do tempo total) é tempo médio que usuários do Brasil usam dispositivos móveis para se conectar;
- 49,6% de todo o tráfico brasileiro vem de dispositivos móveis.
Deu para perceber o peso que os dispositivos móveis têm na vida das pessoas, não é mesmo? E é justamente os usuários de celular e tablets que o Google Discover atinge.
Essas informações evidenciam o potencial de alcance dos conteúdos exibidos pela ferramenta, entende?
Então, imagine só se os conteúdos produzidos por sua empresa, pudessem aparecer no feed do Google no celular de clientes em potencial. Isso poderia aumentar o tráfego do site, concorda? Pois bem, a lógica é realmente essa!
Vale a leitura: Como o Voice Commerce pode te ajudar a vender mais.
Como usar o Google Discover para divulgar conteúdos da sua marca?
Agora que você já entendeu que o Google Discover pode trazer diversas oportunidades para a sua empresa, chegou a hora de aprender, na prática, o que fazer para que seus conteúdos sejam exibidos por lá.
A seguir, vamos dar algumas dicas para otimizar as páginas. Olha só!

Siga as políticas de conteúdo do Discover
Todo conteúdo indexado no Google, fica automaticamente disponível para exibição no Discover — desde que atendam às políticas de conteúdo da ferramenta.
Mas não tem mistério quanto a isso. As regras da multinacional são muito claras e estão proibidos conteúdos com teor:
- ilegal: produtos falsificados, pirateados, tráfico de animais, violação de direitos autorais, entre outros;
- perigoso ou depreciativo: incitação à violência, ao ódio, ao assédio, discriminação racial, religiosa etc.;
- desonesto: passo a passo para falsificar documentos, clonar celulares, hackear sistemas, roubar dados e qualquer tipo de instruções que promovam a desonestidade;
- enganoso: é o famoso clickbait que promete um conteúdo, mas entrega outro. A mesma lógica vale para as propagandas enganosas que rendem muitas queixas dos consumidores no Reclame AQUI;
- violento: acidentes com vítimas, imagens sangrentas, armas entre outros;
- adulto: sexo explícito e linguagem obscena.
É importante seguir as diretrizes de conteúdo de notícias, como:
Incluir o autor do texto, data de publicação, informações sobre a empresa, dados de contato etc.
Obedecendo essas e outras diretrizes, é possível aumentar as chances de exibição do conteúdo. No entanto, não há nenhuma garantia. Por isso, é importante adotar estratégias adicionais.
Aliás, as regras para os anúncios são bem semelhantes. Leia também: Aprenda como vender com o Google Ads.
Otimize os conteúdos com SEO
Basicamente, todas as boas práticas de SEO que devem ser aplicadas ao conteúdo para aumentar as chances de exibição entram aqui:
- bom uso da palavra-chave;
- título atrativo;
- produção de conteúdos relevantes;
- URL otimizada;
- rastreabilidade;
- mapa do site;
- usabilidade;
- velocidade de carregamento;
- backlinks;
- localização.
E olha, mesmo que o usuário não busque ativamente pelo conteúdo, as informações contidas no link precisam responder uma dúvida ou atender às expectativas do consumidor.
Sendo assim, pense na persona na hora de produzir. O legal do Discover é que ele segue a mesma lógica do inbound marketing que tem o objetivo de atrair consumidores qualificados e como real potencial de conversão.
Que tal se aprofundar no assunto? Leia: Como o Inbound Commerce pode potencializar o sucesso do seu e-commerce?
O conteúdo precisa ser autoral e único
Então, nada de publicar artigos duplicados, viu? Se você posta um texto no LinkedIn e, após alguns dias coloca o mesmo artigo no blog da marca, o Google pode entender a prática como plágio e deixar de exibir o conteúdo publicado depois.
Invista no design responsivo
Já pensou se o usuário abre seu link e tem dificuldades de navegar por ele por causa da péssima experiência mobile? Provavelmente, ele não voltará. E pior: ele pode até clicar em ocultar o conteúdo ou não ver mais artigos da página.
O Google não diz abertamente que penaliza no Discover as páginas que não se adaptam aos dispositivos móveis.
Mas pensando bem, como a ferramenta está disponível apenas para dispositivos móveis, faz sentido privilegiar conteúdos otimizados para mobile, não é mesmo?
De toda forma, não custa nada investir no design responsivo. Até porque esse é um dos fatores de ranqueamento para as buscas orgânicas. Então, vale a pena garantir pontos perante a ferramenta em todas as frentes de trabalho.
Saiba mais: Quais são as principais ações utilizadas no Mobile Marketing?
Use imagens de alta resolução
Os conteúdos exibidos no feed são acompanhados de imagem, título e meta descrição. Mas o ponto de destaque mesmo é a foto, portanto, é importante que as imagens representam bem o conteúdo e sejam atraentes para garantir cliques.
O próprio Google recomenda imagens de alta qualidade e grandes (no mínimo, 1.200 px de largura). Além disso, a orientação do buscador é evitar usar o logo do site nesse campo.
Produza conteúdos com temáticas atuais
Embora conteúdos mais antigos possam ser exibidos pelo Google Discover, eles não são os preferidos dos usuários.
De acordo com um artigo publicado na Search Engine Journal, 46% das exibições são de sites de notícias. Em seguida, vem os conteúdos de e-commerce (44%), entretenimento (7%), viagens (2%) e outros (1%).
Essa preferência se dá porque os conteúdos noticiosos costumam atrair um público maior, se comparado ao mercado de nicho, sabe? Além do mais, o próprio Google afirma que prioriza notícias porque acredita que todos devem ter acesso à informação.
Então, para chamar a atenção do público, vale mesclar temáticas atuais com conteúdos perenes. Nós gostamos muito de fazer isso por aqui. Olha só alguns exemplos:
- Quais lições de marketing podemos aprender com o BBB?
- 4 dicas para não ser cringe no atendimento ao cliente,
- Como melhorar o atendimento com os nerds da série The Big Bang Theory.
Basta pegar um assunto que está na boca do povo e relacionar com a temática do seu negócio. No entanto, cuidado para não forçar a barra. Essas associações chamam a atenção do público, mas elas precisam fazer sentido para a sua estratégia de marketing de conteúdo, combinado?
Produza conteúdo para o YouTube
Os conteúdos audiovisuais estão em alta. Para você ter uma ideia da importância do formato, uma pesquisa feita pela Kantar IBOPE Media revelou que, de 2018 para 2020, houve um crescimento de 84% no consumo de vídeos online.
Se formos falar em vídeos no geral, o levantamento aponta que 99% das pessoas consomem esse tipo de conteúdo — seja na TV aberta, TV por assinatura, serviços de streaming, redes sociais, videochamadas, entre outros. Muita gente, não é mesmo?
Como o Google Discover também exibe esse formato de conteúdo, vale a pena investir nas produções audiovisuais para atrair o público. O legal é que as mídias contam com o recurso autoplay, rodando automaticamente no feed.
Mas atenção com a qualidade do conteúdo, viu? Os vídeos precisam ser atrativos e, ao mesmo tempo, atender as necessidades da sua persona.
Aprofunde-se no assunto com a leitura: Vídeo Marketing — o que é e como usar?
Incentive sua comunidade a usar o Google Discover
Já falamos por aqui que todos os conteúdos indexados pelo buscador podem ser exibidos no Discover, lembra? Mesmo assim, não custa nada dar uma mãozinha para aumentar o alcance das publicações.
Uma boa dica para conseguir isso é incentivar os consumidores a adicionar a página da marca na ferramenta.
Vale criar conteúdos nas redes sociais com o passo a passo para adicionar a fonte à coleção e aos tópicos de interesse, campanhas de e-mail marketing, tutoriais no YouTube, artigos no blog e por aí vai.
Mensure os resultados
Fez tudo certinho e está se perguntando se teve resultados? Para ter essa resposta, é necessário acessar o relatório de desempenho do Discover, disponível no Google Search Console.
Por lá, é possível saber quantos usuários visualizaram a sua postagem no feed, quantos clicaram e CTR média que a uma relação entre cliques e impressões.
Com base nessas informações, você pode ter insights para melhorar a qualidade dos conteúdos e atingir ainda mais consumidores em potencial.
Atenção ao detalhe: essas informações só ficam visíveis para páginas que atingiram um número mínimo de impressões nos últimos 16 meses. Mais: o tráfego do Chrome vindo de dispositivos mobile também é rastreado.
Em resumo, o Google Discover é um recurso mobile que exibe sugestões de leitura conforme o interesse do usuário.
E olha: produzir conteúdos otimizados para a ferramenta, é uma excelente oportunidade para atrair tráfego orgânico para sua página e vender mais.
Gostou do conteúdo e quer conhecer mais algumas formas de atingir o seu cliente? Então, baixe o nosso infográfico para conhecer 5 momentos que a sua marca pode impactar o consumidor no Reclame AQUI.