Fique de olho bem aberto nos golpes do Pix!
Lançado oficialmente em novembro de 2020, o Pix é um serviço digital que realiza transferência bancária gratuitamente para qualquer banco ou instituição financeira, de forma instantânea, prática e a qualquer momento do dia.
De acordo com o Banco Central, em levantamento realizado em dezembro de 2021, o sistema já era usado por 71% da população e contava com 380 milhões de chaves registradas.
Sendo uma ferramenta muito acessível e popular entre os consumidores, as tentativas de golpe através do Pix também se multiplicaram e devemos estar atentos para não ser vítima de uma fraude, pois em praticamente todos os casos não é possível ter o dinheiro transferido de volta.
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O Serasa listou os principais golpes que tem acontecido através do Pix e indica como se proteger nessas situações:
WhatsApp clonado
A clonagem de Whatsapp existe antes mesmo de o Pix entrar em operação, mas com a chegada da tecnologia, o golpe foi aprimorado. O golpista entra em contato com a vítima se passando por uma empresa e pede que o usuário digite um código que o criminoso envia para confirmar, atualizar ou autenticar algum cadastro.
O problema é que esse código permite a clonagem do WhatsApp e sequestro do perfil. Se o usuário não ativar a autenticação em duas etapas, o golpista consegue instalar a conta em outro aparelho. A partir daí, o criminoso aciona os contatos da vítima e pede ajuda financeira, principalmente transferência por Pix. É praticamente impossível recuperar o valor transferido, pois a transação foi feita de forma espontânea, mesmo que motivada por um golpe.
Para evitar esse golpe, sempre habilite sua autenticação em duas etapas na sua conta do Whatsapp.
Falsas centrais de atendimento
Outra fraude envolvendo o Pix é a criação de falsas centrais de atendimento. Os golpistas criam contas no Whatsapp se passando por bancos ou outras instituições, solicitando informações sigilosas ou enviando links maliciosos.
Para evitar que isso aconteça com você, entre em contato com o seu banco por meio do site, aplicativo ou presencialmente, na sua agência. Além disso, desconfie sempre de receber links que solicitam a informação de dados bancários.
Bug do Pix
Tudo começa com a divulgação de fake news que afirma que existe uma falha no Pix que permite que as pessoas recebam um prêmio em dinheiro quando transferem valores para determinadas chaves.
O resto você já sabe: o cliente transfere o valor para a suposta chave premiada e o dinheiro vai direto para a conta do golpista. Na hora, sem complicação. Como explicamos anteriormente, dificilmente ao fazer uma transferência por Pix você consegue desfazer a operação, mesmo que seja uma situação de golpe, a vítima fez por vontade própria.
Qualquer anúncio ou mensagem que fale sobre dinheiro fácil deve ser um sinal de alerta. O sistema Pix, criado pelo Banco Central, é seguro, robusto e sem bugs, por isso é recomendado não realizar transações que tenham essa promessa como pano de fundo.
QR Code falso
Uma das formas de fazer pagamentos por Pix é via QR Code. Atualmente, é comum vermos QR Code para transferências em lives e apresentações online que arrecadam dinheiro para artistas ou instituições.
Os golpistas fazem o download desses vídeos e criam uma nova transmissão com um QR Code falso, divulgam o vídeo e o dinheiro vai direto para a conta do criminoso.
Antes de transferir qualquer valor, verifique se o canal da transmissão é o oficial do artista ou evento para diminuir as chances de cair em um golpe.
Pix agendado para compras
Os fraudadores contratam serviços ou compram produtos, mas ao invés de pagarem na hora, programam a transferência para uma data futura.
Na sequência, manipulam o comprovante com aplicativos de edição de imagem para omitir o agendamento e enviam ao vendedor como se a transferência já tivesse sido feita. Assim, conseguem o produto, mas na sequência cancelam o agendamento e o fornecedor que já entregou o item fica no prejuízo, sem receber o dinheiro.
É importante, caso seja vendedor ou uma empresa, sempre solicitar o pagamento na hora e verificar se a transferência foi completada antes de enviar qualquer produto ou liberar algum serviço.
Golpe do Pix multiplicado
Através de redes sociais e aplicativos de mensagens, golpistas oferecem transferências via Pix prometendo multiplicar os ganhos de quem entra no esquema. Muitas vezes, o lucro prometido é até 20 vezes maior.
De acordo com Luiz Augusto D’urso, especialista em crimes cibernéticos entrevistado pelo G1, qualquer promessa de dinheiro rápido e descomplicado deve ser motivo de desconfiança.
Ele afirma que não existe monetização ou remuneração fácil e instantânea. Qualquer tipo de investimento leva tempo pra ter rendimentos e quando se oferta esse tipo de transferência onde o valor é duplicado ou triplicado, instantaneamente deve-se desconfiar de que se trata de um golpe ou fraude.
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Dicas para não cair em golpes com Pix
- Antes de transferir ou pagar, verifique a identidade de quem está solicitando o Pix. Se desconfiar da mensagem, não conclua a operação. Principalmente em casos de amigos que estão em suposta dificuldade financeira;
- Os aplicativos estão cada vez mais simples de usar e os usuários, mais desatentos, por isso, preste bastante atenção antes de clicar para confirmar uma transação e confira todos os dados;
- Ainda não está acostumado a fazer Pix? A dica aqui é fazer testes com amigos e familiares que já utilizam a tecnologia para treinar as etapas. Nesse caso, vale pedir o dinheiro de volta, pois o processo não envolve nenhum custo para quem envia e recebe.
- Nunca clique em links recebidos por e-mail, WhatsApp, redes sociais ou SMS para cadastro da chave do Pix. Em vez disso, visite o site ou aplicativo do seu banco ou entre em contato com a Central de Atendimento para confirmar se a comunicação é verdadeira;
- Cadastre suas chaves Pix apenas nos canais oficiais dos bancos, como aplicativo bancário, Internet Banking ou agências. Você pode usar seu número de CPF, de telefone, e-mail ou outro número aleatório para criar as chaves;
- Não faça qualquer tipo de cadastro no Pix a partir de ligações telefônicas ou contatos pelo Whatsapp. Essa prática não existe;
- Não faça transferências para pessoas conhecidas sem antes confirmar por chamada telefônica ou pessoalmente. Lembre-se que o WhatsApp do solicitante pode estar clonado.
