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O desafio de controlar a vaidade nas empresas

Todos temos nossas vaidades, mas como não cair em armadilhas? Essa é uma característica do ambiente corporativo, que é rodeado por ambição e competitividade. Mas como superar o desafio de controlar a vaidade nas empresas?

Mas mais do que nunca, com tanta novidade no mercado e profissionais cada vez mais jovens, existe o desafio de controlar cada vez mais a vaidade nas empresas, ou torná-la produtiva. A partir de agora, com uma nova realidade pós-pandemia, é uma tarefa ainda maior, também para os líderes de equipes, levando em conta as transformações estruturais das organizações.

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Nesse sentido, para debater os efeitos da vaidade no comportamento profissional, o fundador e CEO Global do Reclame AQUI, Mauricio Vargas, conversou com a psicóloga Alcione Dias, o jornalista de tecnologia e Doutor em Ciência da Informação, Carlos Nepomuceno, e com a Patricia Cansi, especialista em experiência do cliente no Reclame AQUI.

Desta vez, o Blog do Reclame AQUI separou alguns insights da live. Se você não assistiu a transmissão, quer rever ou gostou e quer compartilhar, basta clicar aqui no link, você terá acesso ao conteúdo na íntegra. https://www.youtube.com/watch?v=XIFAXcS1cPw. Acompanhe os pontos de vista dos profissionais sobre a vaidade nas empresas:

Alcione Dias – Onde há muitas pessoas vaidosas está o mood da organização.


A vaidade sempre existiu, é um sentimento e faz parte das características humanas. A diferença é a forma de como usá-lo como combustível para nossas ações.

Onde há muitas pessoas vaidosas está o mood da organização.

Ter um “q” de vaidade do que podemos fazer e termos orgulho disso não é um problema, faz parte da sua estima, mas quando em excesso, se torna a essência de preconceitos e destruição. Que uso fazemos da nossa vaidade em relação ao outro?

A inveja é a não expressão dessa vaidade. Para lidar com essa vaidade é preciso entender a extensão dela.

E como nos sentimos dentro das empresas que trabalhamos?  A minha vaidade é condizente com a vaidade praticada dentro da empresa? E o quanto ela interfere ou não no crescimento das pessoas dentro da organização?

As nossas relações comerciais têm mudado e nos levado a outro tipo de vaidade, às relações mais horizontais, tipo um Uber, por exemplo, o motorista e o passageiro são avaliados.

A guerra de cada um por si e Deus por todos gera esfacelamento das relações dentro das empresas e desorganiza as taxas de vaidade, gerando disputa. Onde deveria haver coletivo e pertencimento para resultados comuns, com grau positivo de vaidade, está competindo o tempo todo.

Patrícia Cansi – Observar os gatilhos de vaidade pode ajudar muito a ver aonde ela nos leva

As organizações são feitas por pessoas, e elas têm também seu orgulho próprio. Elas querem que as pessoas tenham orgulho em fazer parte, elas têm suas vaidades. Mas quando o individual é mais que o coletivo, aí existe um problema.

Observar seus gatilhos de vaidade pode ajudar muito a ver aonde as decisões tomadas por vaidade levam, as consequências dela.

A vaidade pode ser uma trava na inovação – “meu projeto”, “minha ideia” – isso impede a velocidade das transformações.

As lideranças têm um grande papel dentro das empresas no sentido ou de controlar ou de incentivar e manifestar a vaidade. Isso interfere no tipo de talentos que a empresa atrai.

Tudo está ligado à cultura e ao modelo de trabalho das empresas. Elas, sabendo da existência e da inerência da vaidade ao ser humano, precisam ter formas e buscar condições de trabalhar esses aspectos de comportamento e verificar se o modelo de gestão favorece a vaidade ou não.

O mindset das lideranças precisa mudar porque há muitas empresas há anos trabalhando dessa forma – onde há excesso de relações vaidosas. Existem líderes especialistas em provocar guerras de vaidade para ter o controle

Carlos Nepomuceno – As mudanças de hoje vão impactar no futuro da vaidade

As mudanças de mundo que a gente vive hoje vão impactar no futuro da vaidade: a primeira que considero forte é a vaidade da passagem de um mundo pouco inovador para o mundo muito inovador. O sucesso profissional está ligado ao conhecimento, descartar o que sabe e reaprender.

A segunda característica é a questão do ambiente organizacional. A grande maioria das organizações é estruturada hoje em ambientes verticais, onde você é reconhecido por um superior. Alguém que ele presta contas e trabalha em função disso, nessa relação de vaidade.

Quando a gente vai para a horizontalização, que é a tendência do novo século, a da “uberização” das empresas, esses profissionais são reconhecidos pelos clientes, e não pelo gerente da cooperativa como antigamente. Isso vai ter uma mudança significativa nessa relação de reconhecimento e vaidade, a gente vai ter uma vaidade mais aberta e mais transparente.

As organizações têm resistência pela não-mudança, o que chamo de inovação Rivotril. Inovar pode, mas não pode mudar nada.

O que se discute agora é vaidade em modelos de empresa questão em obsolescência. As empresas precisam acordar porque estão perdendo o valor gradualmente e nós temos uma crise de vaidade, de percepção da incapacidade de desaprender e jogar o paradigma fora.

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