Quais as transformações das empresas com a tão falada digitalização acelerada que a pandemia trouxe?
Um painel do RA Trust Experience 2020 mostrou que, para as grandes marcas, as principais preocupações foram inovação, mudança de prioridades e segurança.
A mediadora Solange Sobral, VP Partner da CI&T, conversou com Sergio Zimerman, CEO da Petz, Helio Rotenberg, Presidente e CEO da Positivo, Graciela Kumruian, Diretora Executiva da Magalu, e Sergio Saraiva, Presidente da Rappi, sobre isso e muito mais.

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Segurança em primeiro lugar
Estes quatro líderes contaram os desafios de se adaptar e mudar o conceito do negócio frente à pandemia. Podia-se imaginar que, por serem de segmentos distintos, teriam tomado medidas diferentes. Mas, no debate, todos os representantes concordaram que, frente à pandemia, a preocupação principal foi a segurança com seus funcionários e clientes.
Como Presidente de um serviço de app de delivery, Sergio Saraiva explicou que uma das primeiras medidas foi criar entrega sem contato. “Foi muito relevante entender o que estava acontecendo, para ter o mínimo de danos. Criamos, com prioridade no aplicativo, os botões de distância entre entregador e consumidor”, contou.
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“A pandemia trouxe a necessidade de atender o cliente como nunca, inovar e achar soluções”
Além da segurança com os funcionários, as grandes marcas precisaram agir rápido e pensar em inovação e solução. Mas é claro, também em atender o cliente como nunca.
Graciela explicou que, na Magalu, muito se foi pensado sobre a segurança dos funcionários, mas também nas inovações para dar continuidade no negócio.
Assim como Sergio Zimerman, que explicou que, na Petz, quiseram garantir o emprego dos funcionários, mas também o caixa e a capacidade de expansão da empresa.
Experimentar o online é um caminho sem volta
E o que a digitalização acelerada trouxe de positivo e e de fragilidade aos consumidores? É fato que os clientes entraram na avalanche do digital por necessidade. Mas, segundo Graciela, experimentar o online é um caminho sem volta.
Para Hélio, o consumidor sabe se virar. “Ele sempre dá um jeito de comprar! Os mais idosos pediram ajuda para acessar o digital, e os que não sabiam mexer, pediram ajuda para os vizinhos. As vendas de computadores cresceram 116% comparado ao ano passado”, contou.
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A digitalização forçada trazida pela pandemia criou adaptação, e é impressionante a capacidade de adaptação do ser humano. Mas, na mesma intensidade, o consumidor ficou mais exigente com o universo online. “Investimos muito na entrega rápida, porque era a única opção do consumidor”, contou Graciela.
“O consumidor mudou de hábito. Ele não quer mais estacionar o carro, perder tempo e sair de casa para consumir”, mostra Sergio Saraiva.
O impacto é financeiro e social
Solange trouxe também a discussão dos impactos sociais. “A gente vê ainda um Brasil sangrando com a pandemia, financeira e socialmente. É importante lembrar que por trás de tudo tem um ser humano consumindo seu produto. A pandemia trouxe uma responsabilidade para as empresas com a parte social. Elas devem turbinar seus negócios, mas impactar vidas de formas verdadeiras”, finalizou.
Hélio disse ainda que acredita que 2021 será de uma sociedade brasileira mais colaborativa. “Uma coisa boa é que estamos mais solidários, abertos a contribuir, seja em dinheiro, seja em atenção”.
E finaliza dizendo ainda que, sobre os desafios do home office, as empresas devem lutar para “não perder a criatividade do cafezinho e a sociabilidade do ambiente de trabalho”.
