Quem nunca baixou aquele joguinho no celular quando queria passar o tempo ou apenas se divertir um pouco? Pois é, se você está lendo essa matéria, muito provavelmente já foi impactado pelo mercado de games.
A Pesquisa “Game Brasil (PGB)” desenvolvida anualmente e publicada pela consultoria Go Gamers, que visa tanto levantar quanto consolidar dados sobre o consumo de jogos eletrônicos em nosso país, mostrou em sua 10ª edição, que os games estão presentes na vida de 70,1% da população brasileira. Entenda mais neste link.
Esse dado joga luz para um cenário que vem crescendo cada vez mais, pois, segundo o relatório sobre entretenimento e mídia da PwC (2022-2026), só em 2021, o Brasil teve uma explosão nesse setor econômico, crescendo 27,4% e assumindo o posto de maior mercado de videogames na América Latina.
Ou seja, não estamos mais falando de um simples passatempo, esses números representam oportunidades de negócios. Vamos entender um pouco mais!
Quem são e o que fazem os gamers?
Antes de tudo, o primeiro passo para aproveitar essas oportunidades é conhecer os consumidores deste segmento.
O público consumidor é diverso
Qual o gênero? Conforme a PGB 2023, as mulheres dominaram o mundo dos jogos eletrônicos nos últimos tempos, principalmente porque elas adoram jogar no celular. Mas em 2023, os homens voltaram ao game, assumindo a liderança com 53,8% do público e deixando as mulheres com 46,2%.
O que mudou? Bem, as grandes empresas investiram mais nos jogos para celular e isso atraiu mais jogadores “hardcore”, os quais são principalmente homens.
Qual a faixa etária dessa galera? Segundo a pesquisa, o maior público possui entre 25 e 29 anos (16,2%). Mas não importa se o consumidor tem 20 anos ou 50 anos, os jogos estão presentes em todas as faixas etárias.
Qual a etnia? Os gamers brasileiros são principalmente negros (54,1%) se somados com aqueles que se declaram pretos (12,7%) e pardos (41,4%), mas também tem muitos brancos (42,2%).
De quais classes sociais? A maioria dos jogadores pertencem à classe média (B2, C1 e C2) com 65,7%, na sequência, temos pessoas de classe A, classe média-alta (B1) e a base da pirâmide, classes D e E.
Console, computador ou celulares?
Os celulares são a plataforma favorita dos gamers no Brasil, com 51,7% dos brasileiros preferindo jogar em seus smartphones, na sequência nós temos os consoles, com 20,5% de preferência do público e 19,4% dos jogadores optando por desktops ou notebooks.

Outro ponto muito interessante da PGB 2023, é que os dispositivos móveis também são a plataforma onde os jogadores brasileiros jogam com mais frequência, ou seja, 30,5% jogam todos os dias em seus celulares.
Porém, mesmo os players de consoles e computadores jogando com menos frequência, eles têm sessões mais longas (de 1 a 3 horas), sendo 38% jogadores dos consoles e 32,9% dos computadores.
E como anda a evolução nos modelos de negócio?
Agora, pensando em como aproveitar as oportunidades de negócio, temos algumas informações interessantes sobre o mercado de games no Brasil. Segundo a pesquisa, 29,3% dos gamers brasileiros possuem uma renda familiar média de até R$ 2.424,00, e há diferentes padrões de consumo dentro dessa comunidade.
Em relação aos gastos com jogos, 39% dos gamers preferem baixar apenas jogos gratuitos, mas muitos também gastam dinheiro em moedas virtuais (31,2%), expansões de jogos (29,6%) e itens de melhoria (27,5%).
É importante destacar que diferente da década passada, onde os jogos eram vendidos como produtos, agora, muitos jogos são vendidos como serviços, por meio de um modelo freemium. O que significa que há várias formas de monetização, incluindo a venda de itens virtuais, assinaturas e cancelamento de publicidade.
Além disso, há uma grande variedade de produtos relacionados ao segmento, como camisetas, objetos para casa e acessórios de moda, que os gamers estão dispostos a comprar. Ou seja, há espaço para muitas empresas explorarem o mundo dos games.
Além da venda de jogos e acessórios
Os gamers brasileiros não são pessoas totalmente sedentárias que passam o dia inteiro jogando, na verdade, essa já é uma visão bem ultrapassada. Enxergar a atualidade abre oportunidade para investir em comércios que vão além do que podemos imaginar.
Ou seja, existe oportunidade de negócio até quando falamos de saúde e bem-estar e foi o que a pesquisa nos revelou, pois 67,1% da comunidade de jogadores no Brasil tem o hábito de se exercitar, sendo que 38,9% fazem exercícios físicos quatro vezes por semana e 24% cinco ou mais vezes por semana. Não é à toa que vários jogos, como o Pokémon Go, incentivam a prática de exercícios físicos.
A pesquisa também revelou que 36,1% da comunidade frequenta academias ou parques para praticar estas atividades físicas e mais da metade (56,1%) possui um plano de saúde. Isso nos mostra que eles levam a saúde a sério.
Portanto, se você deseja investir neste mercado, é importante entender os consumidores, seus padrões de consumo e as diferentes formas de monetização que são possíveis. Existe um oceano de oportunidades!
Entendendo a concorrência no mercado de games
Bom, já falamos do público, perfil e das oportunidades de negócio, agora por último, mas não menos importante, é hora de falar sobre a reputação das empresas dentro desse segmento, ou seja, a concorrência!
Existem diversas empresas no Reclame AQUI que atuam diretamente (como a PlayStation Brasil) e indiretamente (como a Magazine Luiza) neste mercado. Ao todo, são 2.632 empresas cadastradas na categoria de Games e Jogos, com uma média de 130 reclamações nos últimos 6 meses.
Além de tudo, se você ainda não sabe, as reputações no Reclame AQUI são extremamente importantes, pois quanto mais alta, maior chance do consumidor fechar negócio com a marca durante sua jornada de pesquisa de compra, além de fazer a empresa se destacar da concorrência.
Trazendo os números atualizados das reputações, nos últimos 6 meses, 88% das empresas cadastradas da categoria mencionada são ‘sem índices’, seguido de ‘não recomendada’ (7,10%), ‘ótima’ (1,18%) e ‘regular’ (1,14%). Somente 0,30% das empresas no Reclame AQUI são RA1000, ou seja, existe muita oportunidade de se destacar dentro desse mercado quando o assunto é reputação.
Sendo assim, o cenário brasileiro para investimentos nessa área é muito favorável, existe muito espaço ainda para inovação e desenvolvimento de novos produtos, negócios e/ou serviços, até mesmo para empresas que pensam ser impossível ingressar neste mercado, por achar que seu público está muito distante dessa realidade dos jogos eletrônicos. Na verdade, como vimos, pessoas de diversas idades, cores e classes acabam por passar um pouco do tempo jogando alguma coisa, seja no celular, consoles ou desktops, portanto, estão mais próximas do que se imaginava.
Entenda mais sobre os índices do Reclame AQUI nesta matéria.