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Seu consumo de carne bovina é influenciado pelo desmatamento da floresta Amazônica?

Pare e pense: quando você compra carne bovina, busca se informar se essa produção causou desmatamento da Amazônia? O quanto essa informação afeta seu consumo? 

O Instituto Reclame AQUI aplicou uma pesquisa com 9,8 mil consumidores no site do Reclame AQUI a pedido da iniciativa Radar Verde, que monitora a transparência na produção de carne na Amazônia.

E como resultado, apontou que os consumidores querem mais transparência de informação sobre a produção de carne, deposita nos varejistas lá na ponta a sua confiança e a responsabilidade em monitorar essa procedência e mostra que tem interesse sim em ter acesso a essas informações de impacto de produção. 

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Confira os principais insights da pesquisa sobre consumo de carne bovina x desmatamento da Amazônia

Para 57,9% dos consumidores que responderam a pesquisa é importante para a decisão de compra saber se a produção da carne a ser consumida causou desmatamento. Entretanto, 59,24% afirmaram que ainda não deixaram de comprar carne de fabricantes associados a desmatamento e/ou violação de leis ambientais. 

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Conforme Ritaumaria Pereira, diretora executiva do Imazon, “hoje é 100% difícil de garantir que a carne que chega aos pratos dos brasileiros é livre de desmatamento”. Durante o lançamento da iniciativa Radar Verde (27/04/2022), ela apresentou dados deste ano do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um deles aponta que nas últimas 3 décadas o rebanho aumentou 258% na Amazônia Legal, o que mostra o quanto se tornou fundamental para o Brasil a expansão da produção extensiva, o que demanda muito pasto.

Muito espaço para o assunto entrar no radar do consumidor

De acordo com Patricia Cansi, COO do Reclame AQUI, os consumidores querem estar bem informados, mas não se esforçam para ir atrás da informação sobre a procedência da carne.

“Tanto que 56,1% disseram que não se interessam em buscar informações sobre a política de responsabilidade ambiental de um supermercado/rede varejista para comprar a carne vendida nas lojas. Ele está interessado, acha importante esse tema e deixaria de fazer a compra. Mas ao mesmo tempo ele considera que é responsabilidade dos varejistas ( 79,68%) não trazer esse produto que gera desmatamento para a ponta. Dentro das expectativas de consumo, é o que espera que aconteça, a responsabilidade que ele deposita em um supermercadista, açougue, neste caso, é uma questão de confiança”.

Patrícia acrescenta que há um terreno bem grande a ser explorado no sentido de oferecer mais dados e informações aos consumidores. Ou seja, tornar consumo de carne bovina e a relação com o desmatamento da Amazônia uma pauta recorrente no dia a dia dele. E mais, tornar interessante ao ponto de ele basear seu consumo nisso, o quanto a vida e a jornada de compra dele mudam se esse assunto estiver no radar de interesse.

Você conhece as principais mudanças no comportamento do consumidor?

Saiba o que é o Radar Verde

O Radar Verde é uma iniciativa que tem na sua realização o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) e O Instituto O Mundo Que Queremos. Juntos, explicou Alexandre Mansur, sócio fundador e diretor executivo do Instituto O Mundo Que Queremos, eles vão gerar indicadores da relação do consumo de carne bovina com desmatamento na Amazônia e mostrar aos consumidores brasileiros como frigoríficos e redes varejistas se comprometem no controle e transparência da sua cadeia produtiva e como desempenham suas políticas socioambientais contra o desmatamento.

Desta forma, o Radar Verde pretende  ajudar os consumidores, investidores e reguladores a diferenciar as empresas, destacar as melhores práticas e também enxergar como setor de comporta, contribuindo com mais transparência no processo.

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