blog reclame aqui

Nome sujo ou negativado: como resolver essa pendência?

E quem nunca ouviu a expressão “se atrasar mais uma fatura vai sujar meu nome” que atire o primeiro boleto. 

Há algum tempo, divulgamos aqui a diferença entre inadimplência e endividamento e como está a situação de milhões de consumidores no Brasil. Só em julho, foram contabilizados mais de 67,6 milhões de indivíduos inadimplentes no país, o maior índice desde o início do levantamento.

Com o nome negativado, você fica praticamente impossibilitado de conseguir empréstimos, financiamentos, crédito pessoal e muito mais. Porque as instituições, ao pesquisar os seus dados (CPF ou CNPJ) podem te encaixar naquela lista de “alta probabilidade” de não pagar determinado crédito.

Você faz parte desse time e já está com o seu nome negativado, ou como popularmente conhecido, o temido nome sujo? Então continue por aqui que vamos abordar esse assunto e quais medidas você pode tomar para resolver em breve essa situação.

Registrar despesas mensais e cortar gastos sem necessidade podem ajudar consumidor a iniciar sua organização financeira

E de primeira, avisamos: há uma luz no fim do túnel. Afinal, a sua situação atual não define a sua situação final, e o primeiro passo para mudar o rumo das coisas é ter organização e dedicação na educação financeira. 

Para iniciar a sua “virada de chave”, comece checando se o seu nome consta em algum banco de dados de restrição ao crédito, como por exemplo Serasa, SPC Brasil e Boa Vista SCPC. Cada um deles possui informações sobre o cadastro de determinadas empresas, então mesmo que uma pessoa esteja regular em um, ela pode estar negativada em outro.

Veja onde você pode realizar a sua consulta:

Serasa
Site da Serasa
– App para celular (disponível em Android e IOS)
– Telefone: 0800 591 1222

Boa Vista SCPC
Site do Boa Vista SCPC
– App para celular (disponível em Android e IOS)

SPC Brasil
Site do SPC Brasil
– App para celular (disponível em Android e IOS)

Conseguiu levantar todas essas informações e onde o seu nome está inscrito? Coloque tudo no papel e anote os empréstimos, financiamentos, contas de cartão de crédito, despesas de casa e qualquer outro gasto. Isso vai ajudar no cálculo do saldo devedor e como fazer uma proposta ao(s) credor(es) para quitar a(s) dívida(s).

Aproveite a oportunidade para entender como está a sua inadimplência (quando você deixa de pagar as dívidas, as  contas). Você consegue analisar o que realmente foi gasto por você e o que são os juros e taxas embutidas nesse montante (como por exemplo, juros de uma fatura de cartão de crédito). Com essas informações em mãos, fica mais fácil chegar a uma solução boa o bastante para ambas as partes (credor e devedor).

Conhece aqueles feirões de limpa nome? Eles são ótimas alternativas e um passo a mais para você quitar as suas pendências. Esses feirões são programas de negociação de dívidas realizados pelas empresas de recuperação de crédito juntamente com seus parceiros (bancos, instituições financeiras, cartões etc). 

Tudo é feito pela própria empresa, e você tem a possibilidade de escolher a quantia que pode pagar por mês e o vencimento de cada parcela.

Existem também outras instituições que podem te ajudar na hora de negociar as dívidas, como por exemplo as que prestam serviços de recuperação e proteção de crédito. Por meio delas, você consegue consultar seus débitos e renegociar o valor devido. 

Na hora de negociar, muitas empresas flexibilizam os pagamentos e até oferecem bons descontos, principalmente para pagamentos realizados à vista. Uma ótima opção se você tiver conseguido um dinheirinho extra e que não está comprometido ainda com outras despesas e faturas.

Negocie a negociação, pode dar – muito – certo!

IMPORTANTE! Ao negociar um acordo de dívida, os credores costumam apresentar propostas que já seguem um roteiro (mesmas taxas, mesmos juros). A dica é: não pare por aí. Peça descontos e negocie ao máximo, mostrando interesse em resolver a situação o mais rápido possível.

Por isso, quanto mais informações você tiver sobre as suas dívidas, melhor será para você conseguir resolver sua quitação. Aqui voltamos a ressaltar a importância de realizar o pagamento à vista. Em muitos casos a dívida pode ser reduzida em mais de 70%. Boa notícia, né?

Se quiser também saber sobre qual o valor das taxas e juros que a instituição credora está cobrando no financiamento da sua dívida, o Banco Central disponibiliza a Calculadora do Cidadão e te auxilia a analisar os valores reais da contratação. É só informar o número de meses da negociação, a taxa mensal (em %) de juros e o valor da prestação (ou o valor financiado).

E é sempre bom lembrar: Cuidado com golpes por aí! Se recebeu uma “oferta especial” com condições imbatíveis pelo WhatsApp, SMS ou e-mail, pode ser alguma fraude! Por isso, antes de clicar em algum link ou efetuar algum pagamento, pesquise na internet o nome da companhia que se identificou como mediadora da negociação e analise se ela é um parceiro da empresa credora. Se a dívida for com um banco, veja a lista das empresas que são credenciadas no site da instituição financeira. 

Conseguiu pagar a dívida. E agora, como fica o nome?

Após a realização do pagamento de uma dívida, a empresa credora responsável tem 5 dias úteis para excluir o nome do consumidor do banco de dados do órgão onde o CPF estava inscrito.

Dívidas podem caducar?

Sim, é possível uma dívida perder a validade e sair da “ficha” do devedor. Ela precisa estar ativa há pelo menos 5 anos, que é justamente um tempo considerado aceitável para você negociar a sua dívida. Após esse tempo, o seu nome será retirado dos órgãos de proteção ao crédito. Eles criam uma lista com os dados das pessoas que possuem dívidas atrasadas, seja em bancos ou empresas. 

Se você acha que é muito melhor não pagar uma dívida antiga e esperar o nome se “limpar sozinho” em 5 anos, de início pode até parecer uma boa, mas essa é uma atitude que pode trazer pontos negativos: não conseguir empréstimos, financiamentos, dificuldades em abrir contas em bancos, acesso negado a cartões de crédito e cheques especiais. 

Consórcios não exigem um nome limpo, mas caso o seu nome seja contemplado no sorteio, a carta de crédito pode ser barrada pelo banco se o seu nome estiver negativado. Situação nada fácil né?!

E não é só isso: caso aconteça alguma emergência e você necessite de um empréstimo, provavelmente ele seria negado por você já ter esse histórico de dívidas que não foram pagas (caducadas) e isso não ajudaria em nada a ter uma estabilidade financeira. Além disso, esse termo “caducar” não é sinônimo de quitar. O mais recomendado é sempre refletir sobre a dívida e tentar negociar todas as pendências para evitar dores de cabeça futuras.

E aí consumidor, preparado para colocar seus boletos em dia e dizer tchau para o nome sujo?

Fontes: Inset/ Serasa

Leia mais: Bancos Digitais x Bancos Tradicionais: como escolher?

precisa reclamar? acesse o Reclame AQUI

Deixe uma resposta

%d