Quando se fala em metaverso, parecemos falar em algo que está muito à nossa frente, muito distante de nós. Contudo, a tecnologia dos mundos virtuais vem se aproximando cada dia mais. E já se apresenta como uma forte aliada à evolução dos negócios e dos novos hábitos de consumo.
Com seu forte apelo de fazer as pessoas passarem por experiências que se assemelham em muito com a realidade, as grandes marcas já vislumbram aí uma ótima oportunidade de sair na frente e gerar oportunidades de novas experiências.
Mas o que é o metaverso?
Trata-se de um mundo virtual em 3D, onde a pessoa é representada por seu próprio avatar. Nesse mundo virtual, o indivíduo vive uma experiência tridimensional e é possível interagir por meio de recursos como a realidade virtual e aumentada. Sendo assim, é possível fazer coisas do cotidiano, como assistir um filme, praticar esportes ou passear por locais e ter todas as sensações e percepções como se você estivesse fisicamente naquele local.
É justamente aí que as marcas veem grande valor, pensando em criar estratégias que unam o físico com o digital (conhecida por phygital).
A Kantar Ibope Media, fez um estudo onde aponta que, 6% dos brasileiros que usam internet já transitam por alguma versão do metaverso, isso representa 5 milhões de pessoas. Já outra pesquisa, indica que em 2026 um em cada quatro usuários de internet passará pelo menos uma hora por dia nesses mundos virtuais, segundo a Gartner.
Como unir o metaverso e o e-commerce?
O grande desafio do varejo, é criar seu próprio mundo virtual, ou seja, sua loja virtual e unir experiências físicas e digitais. Esse é o grande pulo do gato para o varejo.
Algumas marcas já começaram a criar ações nessa nova realidade, é o caso da Adidas, Nike, Vans e Zara. Elas já utilizaram a experiência no metaverso para gerar tráfego em seus sites ou desenvolverem ações de relacionamentos com seus clientes.
De acordo com a consultoria Ernst & Young, espera-se que o Metaverso movimente bilhões de dólares nos próximos anos e transforme a jornada do consumidor.
O consumidor espera e cobra cada vez mais das marcas experiências únicas e inovadoras. Segundo pesquisa realizada em 2021, 71% dos consumidores esperam experiências personalizadas das marcas e 76% dizem que ficarão frustrados sem isso. Confira como isso está acontecendo:
Segmento de vestuário
Dentro da loja virtual, através de seu avatar o cliente poderá andar pelos corredores e olhar as araras virtuais, pode provar e ver se a roupa ficou boa no corpo, se gostou do caimento. Além de poder conversar com os funcionários da loja virtual e fechar negócio ali mesmo.
Mercado imobiliário
Ainda mais real que o tour virtual que temos hoje em dia, será possível uma situação muito mais próxima da realidade, onde o cliente poderá ter uma percepção quase que real da distribuição do ambiente, sentir se o tamanho do imóvel é compatível ao número de pessoas que pretendem morar, o tamanho de cada cômodo.
Móveis
No metaverso o cliente conseguirá fazer testes ricos em detalhes, por exemplo, simular um ambiente do tamanho de sua cozinha, testar diferentes mesas, além de poder sentar nas cadeiras e avaliar a qualidade e conforto de cada produto.
Mas como o varejo se prepara?
Primeiramente investindo em inovação e entendendo o seu público, essa informação já é mais do que velha e sabida por todos. Mas, uma experiência satisfatória no digital, depende de uma boa estrutura técnica também.
Contudo, o principal propulsor do Metaverso no varejo é a informação e os dados. Você precisa entender as preferências e necessidades do consumidor, seja para planejar novos produtos, espaços digitais ou montar uma jornada de compra personalizada.
Concluindo
Nesse novo universo digital, tudo ainda é muito novo e está em processo de construção. Sendo assim os caminhos que ele percorrerá ainda é uma incógnita. Mas, o potencial da Metaverso no varejo é algo incontestável, tanto em rentabilidade como em aproximar marcas do relacionamento com o cliente.
Neste momento inicial, o ideal é estudar ao máximo, entender o Metaverso e preparar as estratégias do negócio, sem esquecer as estruturas que o apoiarão no futuro. Portanto, é importante considerar e planejar as vantagens e os riscos dessa maior exposição aos ambientes virtuais, sem esquecer também a segurança digital de todo o ambiente.