Voltou a operar no último domingo, 13 de fevereiro, o Sistema Valores a Receber (SVR), do Banco Central. A plataforma foi criada para que pessoas físicas ou jurídicas possam verificar se há algum dinheiro “esquecido” em bancos ou entidades financeiras.
O serviço ficou indisponível logo um dia após seu lançamento, em janeiro, por não suportar a quantidade de acessos e gerou dúvidas sobre a segurança digital do sistema. Agora, ele mal entrou em operação de novo e os golpistas já se aproveitaram de algumas fragilidades da plataforma e da desatenção das pessoas para enganar os desavisados.
Fique atento às dicas do próprio Banco Central e do Blog Reclame AQUI para não cair em roubadas.
Atenção às data para resgate na plataforma do SVR
Primeiro, é preciso entender que, no momento, o SVR está apenas permitindo a consulta para saber se há ou não dinheiro a receber. O resgate do valor só poderá ser feito em março, e o site deixa claras as datas, que dependem do ano de nascimento da pessoa ou de criação da empresa.
Dessa forma, a recuperação do dinheiro vai acontecer em 3 fases: para pessoas nascidas ou empresas fundadas antes de 1968; entre 1968 e 1983; e após 1983. Essas faixas também possuem datas de repescagem específicas, também em março, caso o indivíduo tenha perdido o prazo inicial.
Por enquanto, para realizar a consulta do que a pessoa ou empresa têm a resgatar e a data que isso deve ser feito, é necessário apenas o CPF ou CNPJ. E essa é justamente uma das principais debilidades do sistema que podem expor o usuário. Com os casos de vazamento de dados que ocorrem com frequência no Brasil, é fácil para golpistas conseguirem um CPF, além da data de nascimento de alguém.
Portanto, o golpista pode abordar um usuário desavisado no período em que ele deveria retirar o dinheiro para enganá-lo. Criminosos podem solicitar o pagamento de quantias para liberar o valor que está no SVR ou ainda solicitar outros dados mais sensíveis, como número de cartão de crédito. Informe-se abaixo sobre as principais orientações para evitar esses trambiques.
Veja como evitar os golpes que se aproveitam do SVR
No próprio site do SVR existem algumas instruções para alertar os usuários do sistema. Primeiramente, é importante lembrar que o único site para consultar e resgatar valores é o valoresareceber.bcb.gov.br. Ou seja, se receber mensagens de SMS, por WhatsApp, Telegram ou e-mail contendo qualquer outro link, é golpe!
Inclusive, já existem sites falsos que tentam roubar dados dos usuários, no intuito de pegar o CPF e outras informações dos desatentos. Essas páginas usam a marca do Banco Central e o nome de outro sistema do Bacen chamado Registrato, que de fato existe.
O Banco Central reforça ainda que não entra em contato com ninguém, por nenhum meio, para confirmar dados e tratar do dinheiro a receber. Além disso, nenhum órgão, entidade financeira ou banco tem autorização para representar o Banco Central ou o SVR e entrar em contato com você.
No entanto, é preciso ficar alerta para um detalhe. Esse aviso vale para quem acessar o site do SVR e solicitar o resgate do dinheiro sem indicar uma chave PIX. Somente nesse caso, a instituição financeira que você escolheu para receber o valor precisará entrar em contato para realizar a transferência. Mesmo assim, o banco não pode pedir seus dados pessoais ou senha. Ele precisaria apenas de uma chave PIX ou do número de sua conta para depósito.
Por fim, o Banco Central também reitera que não é necessário fazer nenhum tipo de pagamento para ter acesso aos valores. Se você for abordado, principalmente no período condizente ao resgate do seu dinheiro, pode ter certeza que é golpe.
Caso seja vítima de algum golpe ou de uma tentativa, conte o seu caso no Reclame AQUI. O Banco Central possui uma página em nossa plataforma, e a sua denúncia pode servir de alerta para outras pessoas.
Confira um resumo das informações abaixo e evite os golpes!
