De 1º de janeiro a 31 de julho deste ano, o setor de maquininhas de cartão acumulou 27,9 mil reclamações, consideradas as registradas pelos consumidores no site do Reclame AQUI. Esse volume representa um aumento de 40,8% em relação ao mesmo período de 2018. De antemão, esses equipamentos mudaram bastante a forma de os consumidores fazerem pagamentos e a vida de quem é empreendedor. Consequentemente, como todo produto, quanto maior abrangência no mercado, mais problemas as empresas têm para solucionar.
Junto com reclamações aumenta o volume de respostas ao consumidor
Um levantamento feito pelo Reclame AQUI com 13 marcas de máquinas de pagamento móvel mostra que, com o crescimento de mercado, as empresas credenciadoras também se preocupam em atender bem seus consumidores, sejam eles donos da maquininha ou não.
Como reflexo desse empenho, 5 empresas do setor têm selo RA 1000 e, por consequência, apresentam índice de respostas às reclamações dos consumidores acima de 96% (dado referente a 1º de fevereiro de 2019 a 31 de julho de 2019). Esta alta taxa mostra que as marcas estão preocupadas em responder seus consumidores e preparadas para tal.
Índices de solução de reclamações estão acima de 70%
Das 13 companhias credenciadoras levantadas pelo Reclame AQUI, 8 empresas estão com reputação entre Regular e RA 1000 (veja ranking abaixo). Com esse recorte, de empresas que melhor solucionaram reclamações nos últimos 6 meses, a Stelo, SumUp, Cielo, Stone e PagSeguro despontam entre as primeiras.
Dessa forma, essas marcas disputam cada percentual quando se trata de atender mais e com eficiência. A disputa boa resulta em índices de solução das reclamações acima de 90% entre essas 5 primeiras, o que é ótimo para o consumidor.
Do mesmo modo, disputam posição a GetNet, com reputação Bom e a Izettle, com Ótimo. As duas têm apenas 0,8 pontos percentuais de diferença. E por fim, a SafraPay, que tem reputação Regular e um índice de solução de 71,6%.

De 2016 a 2018, um aumento de 59,9% nas reclamações
De acordo com a análise do Reclame AQUI, que também abrangeu os dados de reclamações desde 2016, se nota o início de um crescimento maior no setor. Esse segmento de maquininhas acompanhou a transformação de mercado no Brasil, com o surgimento de prestadores de serviços mais independentes (a uberização).
E como se vê no comparativo por ano, em 2016 as credenciadoras tinham 23.309 reclamações, já em 2018, foram registradas 37.281, um aumento de 59,9%.
Veja o crescimento ano a ano no gráfico.

Do mesmo modo, quando comparamos de 2016 até 2019 o recorte de 1º janeiro a 31 de julho, o crescimento no número de reclamações também cresceu, o aumento foi de 106,6% (veja o comparativo no gráfico abaixo).
Entre os principais motivadores de reclamações nos últimos 3 anos são tarifas, defeitos nos equipamentos, cancelamentos, maquininhas não recebidas e dinheiro não caiu na conta.
